A cerim^ponia em São João da Baliza, interior de Roraima, reuniu 372 casais. Foto: DPEDe um lado, Dalva Castro, de 59 anos, e Reinaldo Ribeiro, de 55, celebraram uma união de três décadas. Do outro lado, Verônica Santos, de 18 anos, e Roberto Silva, 20 anos, iniciam sua trajetória de afeto, que dura 3 anos. As histórias tão distintas, porém, entrelaçadas pelo amor, foram oficializadas durante a 3ª edição do projeto "Enfim, Casados!", promovido pela Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE). O evento foi realizado na sexta-feira (11), em São João da Baliza, a 326 quilômetros de Boa Vista.
Além de noivos do município, o casamento contou com casais de Caroebe, São Luiz e vilas próximas. Ao todo, foram 121 casais. Este foi o segundo matrimônio coletivo realizado no interior; outra edição foi realizada na capital e, ao todo, 372 casais oficializaram a união pelo projeto.
O defensor público-geral, Oleno Matos, destacou que mais que uma festa, os casamentos são um momento de cidadania.
“Antes, há todo um esforço para reunir a documentação necessária. Muitos casais enfrentam obstáculos, alguns sequer possuem uma certidão de nascimento. Testemunhamos o resultado desse esforço, permitindo que casais que talvez não pudessem arcar com os custos de um casamento possam, enfim, celebrar sua união”, destacou.
A defensora pública e coordenadora da cerimônia, Elceni Diogo, destacou que este foi o maior casamento já realizado no interior de Roraima. “O Enfim Casados, além de realizar o desejo ou o sonho das noivas e noivos, a gente faz um trabalho muito grande de cidadania. Vários documentos foram emitidos, restaurados, retificados. Então, realmente, é uma grande ação de cidadania”.
A cerimônia coletiva teve colaboração da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Governo de Roraima, cartórios e as prefeituras dos municípios de Caroebe, São Luiz e Baliza. Este trabalho conjunto foi enaltecido pelo vice-governador de Roraima, Edilson Damião. “Cada um de vocês, a partir de agora, vai usar o termo esposa e esposo, legalmente, graças a uma ação do Governo do Estado de Roraima, junto com a Defesoria, junto com as três prefeituras, que se uniram pra fazer esse evento aqui”, disse, ao parabenizar a Defensoria Pública de Roraima em discurso aos noivos.
Três anos x Três décadas de amor
Com 30 anos de convivência, eles testemunharam um compromisso duradouro que, agora, se consolida em uma cerimônia.
Para Dalva e Reinaldo, o momento representou a realização de um desejo de três décadas. “Na verdade fui eu quem disse sim. São 30 anos, e a gente tinha que realizar esse casamento. É uma benção que a gente espera há muitos anos”, disse a noiva.
Enquanto para Verônica e Roberto, unidos pela fé que compartilham, o casamento simbolizou o início oficial de uma vida juntos. “A gente decidiu porque tivemos a certeza que nós nos amamos muito e a gente vai continuar nessa meta até o resto da vida”, contou o marido.
