16/10/2023 às 08h16min - Atualizada em 16/10/2023 às 08h16min

Mercadante minimiza calote da Venezuela: 'Não há motivo para nhenhenhem'.

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, minimizou neste sábado (14) a inadimplência de países como a Venezuela. As principais dívidas somam US$ 1,12 bilhão (R$ 5,69 bilhões na cotação atual), segundo dados divulgados pela instituição até 30 de junho deste ano.

Mercadante afirmou que não há motivos para "nhenhenhem" quando questionado sobre calotes dados na instituição pública de fomento e no país. Ele participou do 1° Fórum Internacional da Esfera Brasil, em Paris.


Após o evento, Mercadante concedeu entrevista e disse que as dívidas pendentes são "irrelevantes". "O relevante é olhar para frente, de como é que nós vamos construir o crescimento das exportações e o desenvolvimento do Brasil. Vocês [jornalistas] ficam com esse 'nhenhenhem', que é uma coisa absolutamente irrelevante para o BNDES", afirmou.

Três países devem juntos mais de R$ 5 bilhões ao Brasil. A Venezuela soma US$ 739 milhões (R$ 3,76 bilhões), enquanto Cuba, US$ 261 milhões (R$ 1,33 bilhão), e Moçambique, US$ 122 milhões (R$ 620,7 milhões). O BNDES financiou a chamada exportação de serviços aos países durante gestões petistas passadas.

 

Nessa modalidade, entram obras realizadas por empresas brasileiras, e o FGE (Fundo Garantidor de Exportações), com recursos do Tesouro, cobre eventuais inadimplências. Segundo dados do BNDES, até junho deste ano, o FGE já ressarciu a instituição em US$ 1,09 bilhão na soma dos três países citados. O porto de Mariel, em Cuba, e parte do metrô de Caracas, por exemplo, foram financiados dessa forma.
 

"Exportação de serviços no BNDES nunca foi mais do que 1,3% do desembolso. Então é irrelevante. E é altamente rentável, historicamente, para o BNDES, inclusive para o Brasil. O Fundo Garantidor, o FGE da União, tem um superávit hoje de R$ 7,5 bilhões", afirmou Mercadante.

 

Segundo o presidente do BNDES, "eventuais inadimplências" não quebram o Brasil. "O país atrasa pagamento, sempre recupera, em algum momento volta a pagar. E o BNDES é um banco público, é um banco paciente, que vai continuar cobrando e esperar que tudo seja pago", disse.


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