18/10/2023 às 06h42min - Atualizada em 18/10/2023 às 06h42min

Oposição e Maduro assinam acordo por eleições livres em 2024.

O Governo e a oposição venezuelana assinaram dois acordos parciais na tarde desta quarta-feira em Barbados, como parte de um novo início da mesa de diálogo.

- Com agências internacionais.
A reunião que determinou um acordo entre oposição e governo da Venezuela aconteceu em Barbados.
O ditador Nicolás Maduro e a oposição venezuelana assinaram um acordo para realizar uma eleição presidencial competitiva e monitorada por observadores internacionais no ano que vem. A conclusão das negociações aconteceu na tarde desta terça-feira (17), e abre caminho para o alívio de sanções dos Estados Unidos ao petróleo da Venezuela.

Realizado em Barbados, o encontro representou o primeiro contato entre Maduro e a oposição da Venezuela em 11 meses. O monitoramento das eleições era uma das condições da Casa Branca para afrouxar sanções contra a indústria petroleira do país sul-americano. Ainda não houve, no entanto, um pronunciamento dos EUA em relação ao assunto.

As eleições devem acontecer no segundo semestre do ano que vem. Segundo o documento, cada lado pode escolher seus candidatos.
No poder desde 2013, Maduro ainda não lançou oficialmente sua campanha. Mesmo assim, a expectativa é de que ele se apresente como candidato ao pleito, criticado há meses em razão do cerco que seu regime tem feito a opositores.

Fontes do governo americano afirmam que o alívio de sanções pode ser revertido se a ditadura não obedecer às exigências de realização de eleições competitivas.

Em junho, a Controladoria-Geral do regime declarou inelegíveis candidatos como a ex-deputada María Corina Machado, além dos líderes opositores Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência, e Juan Guaidó, que chegou a ser reconhecido como presidente interino por 50 países.

Na prática, a medida havia enterrado a possibilidade de eleições livres na Venezuela no ano que vem. Em julho, a União Europeia manifestou preocupação em relação ao cerco a opositores.

Na última quinta, o regime de Maduro havia vetado observadores da União Europeia no pleito. O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, um dos principais nomes do chavismo, afirmou que nenhuma missão de observação do bloco teria permissão para acompanhar as eleições.

O acordo, que determina a permissão de missões de observação, é visto como uma alternativa para pavimentar soluções para a longa crise política e econômica da Venezuela.

Na segunda (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com Maduro sobre as eleições e a negociação em curso. Já nesta terça (17), o ex-chanceler Celso Amorim, assessor-chefe especial para assuntos internacionais da Presidência da República, acompanhou a reunião que terminou com a assinatura do acordo.
 
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