23/11/2023 às 07h00min - Atualizada em 23/11/2023 às 07h00min
Roraima é o único estado do Brasil com alta na taxa de desemprego, diz IBGE
Brasil encerrou o trimestre terminado em setembro com taxa de desemprego em 7,7%, mas queda não foi disseminada entre os estados. Resultado foi puxado por São Paulo, estado que tem o maior contingente de trabalhadores do país.
A taxa de desemprego no Brasil caiu em três das 27 Unidades da Federação no terceiro trimestre de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada na quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os estados de São Paulo (7,8% para 7,1%), Maranhão (8,8% para 6,7%) e Acre (9,3% para 6,2%) foram os únicos com queda nas taxas de desocupação do período. Roraima foi o único estado com alta, de 5,1% para 7,6%. Nas demais Unidades da Federação, a taxa ficou estável.
O Brasil encerrou o trimestre terminado em setembro com taxa de desemprego em 7,7%, patamar mais baixo registrado desde o trimestre terminado em fevereiro de 2015 e com recorde histórico de trabalhadores ocupados.
Mas, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a redução da desocupação no país não foi disseminada entre os estados. O resultado, portanto, ficou concentrado, em especial no estado de São Paulo, que teve uma forte redução da procura por emprego, baixando a taxa de desemprego local. "São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional", explica a pesquisadora.
Diferenças marcantes
No comparativo entre Unidades da Federação, a Bahia (13,3%), Pernambuco (13,2%) e Amapá (12,6%) tiveram as maiores taxas de desocupação no terceiro trimestre. As menores estão em Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%).
O número mais relevante, contudo, é a redução de 0,7 p.p. na taxa de desocupação de São Paulo. O número representa uma queda de 8,4% da população desocupada, do maior contingente de trabalhadores do país.
"Apesar de a maior parte das UFs não ter alcançado uma redução estatisticamente significativa, quase todas têm tendência de queda. Ou seja, dentro da estabilidade, houve apontamento de direção para baixo", diz Beringuy, do IBGE.
Veja abaixo o resultado das 27 UFs.
Desemprego dos estados no 3º trimestre de 2023 — Foto: Reprodução/IBGE