09/12/2023 às 17h19min - Atualizada em 09/12/2023 às 17h19min

GARIMPAGEM ILEGAL EM RORAIMA: PF apontou 'cegueira deliberada' de Alexandre Pires em pagamentos suspeitos

- Fonte: Aguirre Talento/Uol
Em relatório da Operação Disco de Ouro, a Polícia Federal afirma que o cantor Alexandre Pires agiu por "cegueira deliberada" ao ignorar a possível origem criminosa de R$ 1,3 milhão transferidos às suas contas bancárias por uma mineradora suspeita de atividades ilegais em garimpos de Roraima. O termo designa quando um investigado decide assumir o risco de determinada conduta e ignora sua possível ilegalidade.
 
"No mínimo, a conduta praticada por Alexandre Pires foi animada por dolo eventual (teoria da cegueira deliberada), ignorando a origem do dinheiro e assumindo o risco de ser proveniente de atividade criminosa", escreveu a PF.

Pires foi alvo de busca e apreensão no início desta semana por causa de suspeitas de lavagem de dinheiro. A defesa do cantor já afirmou que ele "jamais cometeu qualquer ilícito, o que será devidamente demonstrado no decorrer das investigações".

Para a PF, Alexandre Pires "passou a financiar as atividades ilícitas da Betser, sendo beneficiado com o valor de R$ 357.000,00 diretamente em sua conta pessoal, e pelo valor de R$ 1.025.000,00 na conta da A P N Serviços LTDA, pessoa jurídica da qual integra o seu quadro societário".

Outra transação envolvendo o cantor despertou suspeitas de lavagem de dinheiro pela PF. A empresa de Alexandre Pires repassou R$ 160 mil aos cofres da mineradora Betser, "em atividade atípica, considerando os ramos empresariais distintos e incompatíveis (musical/eventos x minerário)".

Na operação, a PF prendeu o empresário Christian Costa dos Santos, dono da empresa de mineração suspeita de atividades ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

A PF também prendeu Matheus Possebon, apontado como sócio oculto da mineradora. Ele também é empresário do ramo musical e representa Alexandre Pires, dentre outros cantores. Ambos foram soltos neste sábado após decisão da desembargadora Maria do Carmo, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

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