11/12/2023 às 17h07min - Atualizada em 11/12/2023 às 17h07min
Chefe da Marinha prevê onda de refugiados em Roraima se Venezuela invadir Guiana.
- Fonte: Uol
Comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen. Imagem: Reprodução O comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcois Sampaio Olsen, comentou a situação envolvendo Venezuela e Guiana e disse que a maior preocupação atualmente é a possível participação de potências extrarregionais. "Um eventual conflito, a crise entre Venezuela e Guiana, preocupa a Marinha por conta da [possível] participação de potências extrarregionais", disse, em almoço com jornalistas, no Comando da Marinha, em Brasília.
O almirante Olsen afirmou ainda que um eventual conflito entre os países vizinhos geraria "no mínimo" uma nova onda de refugiados para o Brasil, causando ainda mais problemas para Roraima, o Estado mais afetado nos últimos anos com a migração venezuelana.
Segundo o comandante da Marinha, as três Forças Armadas brasileiras acompanham, com trabalho de inteligência, a situação. "Não é confortável para nenhum Estado ter qualquer tipo de incidente no seu entorno", disse.
Acompanhado do ministro da Defesa, José Múcio, o comandante da Marinha afirmou que as tratativas brasileiras para acompanhar a situação nos países vizinhos está a cargo do Ministério das Relações Exteriores. "Não há nenhuma orientação do Ministério da Defesa com relação à fronteira norte", disse.
"Fui algumas vezes questionado sobre a questão da fronteira norte. E naturalmente que a Força acompanha isso com dados, inteligência e procura se antecipar sobre o assunto", disse. "Mas o que se pretende nesse ambiente é paz e cooperação", declarou.
Múcio, por sua vez, afirmou que vê como "manobra política" as ameaças de invasão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, à Guiana e não se mostrou preocupado com a possibilidade de confronto. entre os vizinhos. O ministro foi incisivo: pelo Brasil, as Forças Armadas da Venezuela não passam.