09/05/2023 às 16h32min - Atualizada em 09/05/2023 às 16h32min

URGENTE: Governo terá novo comando para expulsar últimos garimpeiros da Terra Yanomami em Roraima.

Ministro da Justiça diz que garimpeiros armados permanecem na região, mesmo após janelas para saída pacífica. Terra Yanomami registrou 14 mortes em uma semana – a maior parte, de invasores..

- Foto: Divulgação
Reforço de forças federais será envido a Roraima para expulsar os últimos garimpeiros da terra Yanomami.




O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (9) que o governo federal instalará, nesta quarta (10), um novo comando na Terra Indígena Yanomami para retirar garimpeiros e criminosos do território. Segundo Dino, o reforço será formado por dois delegados da Polícia Federal, um general do Exército e um brigadeiro da Aeronáutica, além de representantes de ministérios.

A missão desse grupo, de acordo com o ministro, será executar a "última fase" da retirada de invasores do território – fase que, segundo Dino, envolve criminosos mais perigosos. Mais cedo, o Ministério da Justiça havia informado que o governo já enviou 475 militares e policiais para reforçar a segurança na região.
 Flávio Dino foi questionado pela senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) sobre a situação dos garimpeiros na região.
"Foram feitas janelas de saída, a imensa maioria saiu, mas alguns ficaram exatamente porque estão armados. E aí, infelizmente, nós temos momentos em que o poder coercitivo do Estado é necessário. Queremos sempre o caminho conciliatório mas, quando necessário usar a força, a PRF, a PF, a Força Nacional, as Forças Armadas têm não só a necessidade como a imprescindibilidade de usar a força, e é isso que tem acontecido", respondeu Dino.

14 mortes em uma semana
No fim da última semana, uma mulher identificada como Jenni Rangel, de 28 anos, foi encontrada morta com sinais de violência na Terra Yanomami. Foi a 14ª morte registrada em sete dias – o número inclui também 12 garimpeiros e um indígena. O g1 apurou no IML que Jenni Rangel era venezuelana, casada com o garimpeiro Joel Perdomo, de 68, madrasta de Johandri Perdomo, de 24, também garimpeiro. O marido e filho também foram assassinados na Terra Yanomami e estão entre os oito mortos encontrados na cratera.

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami, enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, causada pela forte presença de garimpeiros - no ano de 2022, a exploração de minérios avançou 54% na região. Esse avanço desenfreado causou doenças, devastação ambiental e conflitos armados, com mortes e violência.
Agora, o governo federal atua na região em duas frentes: com serviços de saúde e na repressão aos garimpeiros que ainda permanecem no território.

 
 
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