O Vente Venezuela (VV), partido de María Corina Machado, denunciou neste sábado, 27 de julho, véspera das eleições no país, que o regime de Nicolás Maduro desencadeou uma “onda de repressão” contra líderes políticos em vários estados.
“Neste momento, as forças do regime estão iniciando uma onda de perseguição e intimidação contra os líderes políticos em vários estados do país”, diz comunicado do Comitê de Direitos Humanos do VV divulgado no X.
“A ‘Fúria Bolivariana’ continua vandalizando espaços para gerar medo e incerteza na população. No entanto, os cidadãos estão determinados a exercer o seu direito de voto.” Previsto para este domingo, 28, o pleito venezuelano já está marcado pela proibição de candidaturas de oposição e de veículos críticos à ditadura de Maduro.
Pessoas credenciadas como observadores não estão tendo acesso a locais de votação, e um avião com ex-presidentes da América Latina críticos ao regime foi impedido de pousar em Caracas.
Segundo a ONG venezuelana Acesso à Justiça, 125 pessoas foram detidas por razões políticas, sendo 102 ligadas à líder da oposição, María Corina Machado. Seis pessoas da direção do partido de María Corina refugiaram-se na Embaixada da Argentina, em Caracas.
Outros 46 venezuelanos foram presos por prestar serviços ou vender produtos para a oposição durante os comícios da oposição pelo país ou em eventos públicos.
O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, e a líder da oposição, María Corina, têm enfrentado bloqueio de estradas para chegar aos comícios. Frentistas de postos de gasolina se recusam a abastecer seus carros com medo de represálias. A equipe também teve carros vandalizados por chavistas. Um imóvel em que eles estavam hospedados foi assaltado.