13/05/2023 às 07h35min - Atualizada em 13/05/2023 às 07h35min

Operação Yanomami em RORAIMA chega a 100 dias com destaque para apoio logístico.

Todas as ações na operação são realizadas em conjunto por diversos órgãos do Governo Federal.

- Informações e foto: CECOMSAER
A Força Aérea usa helicópteros para o transporte de equipes e de mantimentos para as áreas indígenas em Roraima.



 

Iniciada no dia 3 de fevereiro e chegando aos 100 dias neste domingo (14), a Operação Yanomami, em termos de logística, já é a maior ação desempenhada após a Operação Covid-19 envolvendo as Forças Armadas e outros órgãos do Governo Federal, não apenas pelo esforço aéreo empregado, mas também pelas dimensões da Terra Indígena Yanomami. A operação é conduzida pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) em Roraima. 

A Terra Indígena Yanomami possui 96,7 mil quilômetros quadrados e equivale ao tamanho de alguns países como Hungria (93 mil quilômetros quadrados) e Portugal (92 mil quilômetros quadrados). Ainda, trata-se de uma área maior que territórios como os de Suíça, Bélgica, Holanda e Israel.

Em três meses, a Operação já ultrapassou as 4.000 horas de voo e mais de 1 milhão e 100 mil quilômetros percorridos, com a realização de viagens de Boa Vista a Surucucu (328 quilômetros), e de Boa Vista a Auaris (445 quilômetros). Em 90 dias de operação, a distância percorrida seria suficiente para dar mais de 29 voltas completas ao redor do mundo. 

À medida que as principais questões emergenciais são solucionadas e ocorre a estabilização dessas situações, os apoios temporários prestados pelas Forças Armadas podem ser desmobilizados. Exemplo disso foi o Hospital de Campanha montado em Boa Vista, que encerrou suas atividades após ultrapassar 2 mil atendimentos e colaborar para equilibrar o sistema de saúde local. 

Desafios logísticos

São diversos desafios logísticos na Operação Yanomami. Para chegar às mais de 300 aldeias localizadas na Terra Indígena, por exemplo, é necessária a utilização de helicópteros, como o UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil; o HM-2 Black Hawk, do Exército Brasileiro; o H-36 Caracal e o H-60 Black Hawk, da FAB, pois são as aeronaves que atendem os requisitos de autonomia para atuar na vasta área da Terra Indígena Yanomami.

Dessa forma, foram realizados mais de 2 mil atendimentos médicos; mais de 160 evacuações aeromédicas; regresso de 95 indígenas as suas aldeias após alta médica; deslocamento de mais de 450.000 kg de insumos para a região Yanomami, entre medicamentos, materiais para atendimento aos indígenas e mantimentos – sendo mais de 20.000 cestas básicas já entregues, com previsão de mais 12.000 ao longo dos próximos meses.

Além disso, o Cmdo Op Cj Amz tem dado apoio de transporte aos agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Força Nacional, dentre outros suportes interagências. 

Em combate ao garimpo ilegal, o Cmdo Op Cj Amz tem contribuído por meio de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) para que a PF, PRF, Ibama e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e FN desativem os principais garimpos, apreendam aeronaves irregulares, geradores de energia, motores hidráulicos, serras elétricas, antenas de comunicação via satélite, dentre outros.

 


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