09/08/2024 às 14h47min - Atualizada em 09/08/2024 às 14h47min

Maduro receberá 'garantias' para deixar o poder na Venezuela, diz líder da oposição; presidente do Panamá oferece asilo

María Corina Machado também falou que a comunidade internacional é 'corresponsável pelo que acontece' no país, razão pela qual pediu maiores esforços para apoiar a reivindicação de vitória da oposição nas eleições de 28 de julho.

Maria Corina Machado e Edmundo González declaram vitória na eleição da Venezuela — Foto: Maxwell Briceno/Reuters
A oposicionista venezuelana María Corina Machado afirmou nesta sexta-feira (9) que oferecerá "garantias, salvo-conduto e incentivos" para que o presidente da VenezuelaNicolás Maduro, deixe o poder. María Corina Machado, que tenta provar que o candidato da oposição, Edmundo González, derrotou Maduro nas eleições de 28 de julho se disse disposta também a fazer uma "transição negociada" de poder.

"Estamos decididos a avançar em uma negociação. Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação", disse Machado em entrevista à agência de notícias AFP.

O bloco da oposição da Venezuela alega que venceu as eleições realizadas em julho no país (leia mais abaixo). A Justiça eleitoral, aliada de Maduro, afirmou que o presidente foi reeleito, mas não apresentou as atas eleitorais, os documentos que registram os votos de cada local de votação, para provar o resultado.

"Estamos decididos a avançar em uma negociação. Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação", afirmou Machado.

Na entrevista, a oposicionista também ressaltou que a comunidade internacional é "corresponsável pelo que acontece na Venezuela", razão pela qual pediu mais esforços para apoiar a reivindicação de vitória da oposição.

As perguntas da agência de notícias foram respondidas por María Corina Machado por áudio. Ela segue no esconderijo onde está desde semana passada por temer por sua vida.

Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que correspondente à Justiça eleitoral e é acusado de chavismo, proclamou a vitória de Maduro por 52% dos votos, embora não tenha publicadoas atas, alegando que o seu sistema foi hackeado.

O bloco da oposição da Venezuela alega que venceu as eleições realizadas em julho no país (leia mais abaixo). A Justiça eleitoral, aliada de Maduro, afirmou que o presidente foi reeleito, mas não apresentou as atas eleitorais, os documentos que registram os votos de cada local de votação, para provar o resultado.

"Estamos decididos a avançar em uma negociação. Será um processo de transição complexo, delicado, no qual uniremos toda a nação", afirmou Machado.

Na entrevista, a oposicionista também ressaltou que a comunidade internacional é "corresponsável pelo que acontece na Venezuela", razão pela qual pediu mais esforços para apoiar a reivindicação de vitória da oposição.

As perguntas da agência de notícias foram respondidas por María Corina Machado por áudio. Ela segue no esconderijo onde está desde semana passada por temer por sua vida.

Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que correspondente à Justiça eleitoral e é acusado de chavismo, proclamou a vitória de Maduro por 52% dos votos, embora não tenha publicadoas atas, alegando que o seu sistema foi hackeado.

Pressão internacional

Em uma nova nota conjunta publicada nesta quinta-feira (8), ministros das Relações Exteriores de Brasil, Colômbia e México voltaram a cobrar as atas eleitorais da Venezuela. Pela parte do Brasil, assinou o documento o ministro Mauro Vieira.

Os ministros disseram que cabe ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apresentar as atas à sociedade. Isso porque esse órgão afirmou nos últimos dias que enviou os documentos ao Tribunal Supremo de Justiça, mas ainda não apresentou ao público.

"Consideram fundamental a apresentação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024 desagregados por mesa de votação. Ao tomarem nota da ação iniciada perante o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) sobre o processo eleitoral, partem da premissa de que o CNE é o órgão a que corresponde, por mandato legal, a divulgação transparente dos resultados eleitorais", afirmam os ministros no texto.

 
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