21/09/2024 às 17h17min - Atualizada em 21/09/2024 às 17h17min

Mulher morre no HGR depois de perder bebê recém-nascido na Maternidade do Estado. A culpa é do Denarium...

Carmem Elisa foi transferida da maternidade para o HGR, após complicações no parto. Família denunciou falta de oxigênio na maternidade recém inaugurada

Carmen Elisa Emiliano de Assis Silva deu entrada na maternidade no último sábado — Foto: reprodução/FolhaWeb
Carmen Elisa Emiliano de Assis Silva, morreu neste sábado (21) após sofrer uma parada cardíaca enquanto estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR). De acordo com seu marido, Rodrigo Silva, a equipe médica tentou reanimá-la, mas sem sucesso. O óbito foi constatado após a paciente ter apresentado um quadro de inchaço cerebral.

Carmen estava internada desde o início da semana, após complicações durante o parto de sua filha, Alise Eloah, no Hospital Materno Infantil. O parto, que também resultou na morte da recém-nascida, agravou o estado de saúde da paciente, que foi transferida para o HGR em condição crítica.

Carmem estava sob os cuidados da equipe médica da UTI do HGR há uma semana. Ela teve eclâmpsia na maternidade e seu bebê morreu durante um parto.
De acordo com o pai da criança, não havia oxigênio no Centro Cirúrgico,o que pode ter sido definitivo para a sobrevivência da criança.

Entenda
Rodrigo Silva, pai do bebê que morreu na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth no último sábado (14), detalhou sobre o óbito da criança na unidade nesta segunda-feira (16). Ele afirmou que não havia oxigênio para o recém-nascido no local. O homem relatou demora para o atendimento e também para encontrar oxigênio para a esposa. Segundo ele, o problema começou ainda na entrada da mulher na maternidade, com a dificuldade para conseguir um leito.

 
“Demoraram muito para atender ela. Médicos e enfermeiros não estavam apreensivos […] Ela estava entubada e respirando normal, a minha esposa. Depois que tiraram o tubo e trouxeram ela para respirar normal, o quadro dela começou a piorar e começou a ficar roxa. Eu chamei os médicos, os enfermeiros, mas teve uma hora que não tinha oxigênio na Ala das Orquídeas, não tinha oxigênio lá. Foram atrás em outra ala e não tinha oxigênio também lá. Caçaram muito esse oxigênio, demoraram muito para encontrar e poder levar ela para a sala da cesárea. Mas ela não estava mais respirando, estava ficando roxa. Demoraram muito para atender ela, para conseguir um leito. Ela estava com pressão alta e gritava muito, mas demorou muito para ela ser atendida”, disse o marido da paciente.

Oxigênio
Ainda de acordo com o Rodrigo, a esposa teve uma parada cardiorrespiratória. Na sequência, a mulher precisou passar por uma cesariana. O pai da criança afirma que, posteriormente, foi informado de que não havia oxigênio para o bebê.

“Mandaram eu sair, mas eu ainda consegui ver. Tentaram fazer a remoção da neném, aplicaram remédio nela para ela voltar. E foi a médica que falou para mim que não tinha oxigênio para a bebê, que só tinha oxigênio para a mãe e que não poderiam fazer nada. Isso é um descaso e falta de respeito. Lá na sala da cesárea, a médica me informou, ela falou para mim próprio que não tinha oxigênio lá na sala de parto cesariana”, relatou o pai da criança.

UTI
Após complicações no parto, a esposa então precisou ser encaminhada para o Hospital Geral de Roraima. Conforme o marido dela, por falta de UTI na maternidade.
“Ela chega boa e agora está desse jeito, respirando por aparelho. Isso é um descaso. A Sesau disse que desmentiu, mas se eu estava lá, vi tudo, estou com a perda de uma filha e não estou aqui para mentir. Não quero nada, só quero Justiça”, exclamou Rodrigo.

Revolta
A Sesau publicou uma nota para tentar desmentir a família da paciente e acusar a imprensa de fake news. No entanto, várias pessoas demonstraram revolta na publicação.
“Fake News nada governador, respeita o povo roraimense , a família não iria conceder entrevista se fosse mentira. Mais empatia pelas mulheres”, disse uma internauta na página oficial do Governo de Roraima.

“Achei que a nova maternidade contava com leitos de UTI conforme pronunciado na propaganda do governo”, questionou outra pessoa.
Um outro internauta reclamou que o Governo de Roraima, conforme ele, só dar assistência ao povo em época de eleições.

“Vocês dão assistência em tempo de campanha né? Por quê nunca ouve nota sobre os fatos que vem acontecendo na maternidade, só quem entra lá dentro seja pra acompanhar ou dar a luz sabe como é. Ainda tem gente querendo dar a prefeitura pra esse povo”.
 
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