04/10/2024 às 08h21min - Atualizada em 04/10/2024 às 08h21min

Guiana descobre jazida de petróleo de mais de 11 bilhões de barris

Com crescimento econômico explosivo e uma produção acelerada, o pequeno país sul-americano tem potencial para se tornar a nova superpotência petrolífera do continente.

Um pequeno país da América do Sul pode estar a caminho de desbancar o Brasil no ranking das maiores potências petrolíferas do mundo.

A descoberta de uma impressionante jazida de mais de 11 bilhões de barris de petróleo em 2015 colocou a Guiana no mapa mundial da exploração de combustíveis fósseis, e as consequências dessa descoberta podem transformar a economia global.

Uma potência emergente no mercado de petróleo
Desde a descoberta, a Guiana, um país com pouco mais de 800 mil habitantes, vem experimentando um crescimento econômico sem precedentes.

Em 2015, a ExxonMobil revelou a existência de enormes reservas petrolíferas na região, e isso mudou radicalmente o panorama econômico da nação.

Estima-se que a Guiana possua cerca de 11 bilhões de barris de petróleo, um número que a coloca entre as maiores reservas do planeta.

Comparada ao Brasil, que é o maior produtor da América do Sul com uma capacidade de produção em torno de 3 milhões de barris por dia, a Guiana tem potencial para se tornar uma verdadeira superpotência do setor.

Impacto econômico da descoberta petrolífera
O impacto dessa descoberta sobre a economia guianense tem sido colossal. Segundo o portal de estatísticas Statista, com base em dados do FMI e do Banco Mundial, a renda nacional bruta da Guiana deverá se multiplicar de 4,62 bilhões de euros em 2019 para impressionantes 29,3 bilhões de euros em 2029.

Esse aumento extraordinário está diretamente ligado à exploração de petróleo, que promete transformar a Guiana em uma das economias mais dinâmicas do mundo.

Falta de mão de obra e retorno da diáspora
No entanto, esse crescimento acelerado trouxe também desafios significativos, especialmente em termos de mão de obra.

Com tantos projetos de infraestrutura surgindo rapidamente, a Guiana está enfrentando uma escassez crítica de trabalhadores qualificados.
Muitos jovens, desiludidos com as oportunidades limitadas no passado, emigraram em busca de uma vida melhor.

Porém, diante dessa nova realidade econômica, o governo guianense lançou iniciativas para atrair de volta os cidadãos que se mudaram.

Conforme mencionado pelo portal Newsroom, desde as primeiras grandes descobertas de petróleo, cerca de 50 mil guianenses retornaram ao país, o que representa um grande impulso para a mão de obra local.

Em 2016, pela primeira vez em muitos anos, o número de imigrantes que voltaram à Guiana superou o número daqueles que saíram, mostrando uma clara mudança nas dinâmicas de migração.

Gerenciamento do retorno de migrantes por conta do Petróleo
Para lidar com esse retorno em massa, o governo da Guiana criou o programa de remigração, que oferece suporte financeiro e logístico aos guianenses que desejam voltar ao país.

Esse programa busca reintegrar os migrantes ao mercado de trabalho e garantir que eles possam contribuir para o desenvolvimento da nação, especialmente no setor de petróleo.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), em 2018, a migração líquida do país atingiu 18.150 habitantes, e desde então, mais de 30 mil pessoas retornaram à Guiana, um número considerável para uma população tão pequena.

Comparação com o Brasil
Enquanto a Guiana continua sua ascensão no mercado global de petróleo, é inevitável traçar um paralelo com o Brasil, que durante anos dominou a exploração de petróleo na América do Sul.

Petrobras, a gigante brasileira do setor, tem se consolidado como um dos principais produtores globais, mas a descoberta de grandes reservas na Guiana coloca um novo competidor em cena.

Apesar da Petrobras deter uma produção robusta e consolidada, a Guiana pode, em breve, se destacar pela produção em larga escala, graças ao rápido desenvolvimento de sua infraestrutura e às parcerias internacionais, como a realizada com a ExxonMobil.

Vale lembrar que o pré-sal brasileiro continua sendo um dos maiores trunfos do Brasil, mas a Guiana, com sua nova descoberta, não fica muito atrás e tem o potencial de reconfigurar o mercado petrolífero na América do Sul.

O futuro do petróleo na Guiana
Se a Guiana continuar a desenvolver suas reservas com o mesmo ritmo, a previsão é que o país se torne um dos principais atores globais no setor petrolífero nas próximas décadas.

Com uma produção estimada que pode ultrapassar os 1 milhão de barris por dia até 2030, a pequena nação sul-americana pode até superar o Brasil em termos de exportação de petróleo.

Isso pode mudar completamente o equilíbrio de poder no continente, onde o Brasil sempre desempenhou um papel de liderança no setor de energia.
A grande questão é: o Brasil estará preparado para enfrentar essa nova concorrência?

À medida que a Guiana se destaca como uma nova potência petrolífera, muitas perguntas surgem sobre o futuro da exploração de petróleo na América do Sul.

Será que essa pequena nação, com uma economia outrora modesta, vai realmente desbancar gigantes como o Brasil no mercado global de petróleo? E como isso impactará as dinâmicas de poder na região?

 
Fonte: CPG
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