10/10/2024 às 12h57min - Atualizada em 10/10/2024 às 12h57min

Secretário-geral da OEA denuncia 'humilhações e torturas inimagináveis' contra crianças na Venezuela

Luis Almagro afirma que regime de Nicolás Maduro é responsável por 'atrocidades', e que rebaixou 'seus limites de humanidade'

Homem segura vela e cartaz pedindo a libertação de seu irmão durante vigília convocada pela oposição em Caracas — Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Dezenas de crianças e adolescentes "detidos ilegalmente" e "sequestrados pelo regime" do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foram "submetidos a humilhações e torturas inimagináveis", denunciou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) nesta quinta-feira.

Em comunicado, Luis Almagro aponta para "as atrocidades cometidas pelo regime da Venezuela", que acusa de ter rebaixado "seus limites de humanidade e decência aos piores níveis de barbárie".

"Os áudios e relatos dos centros de tortura na Venezuela são assustadores: menores de idade que são torturados com choques elétricos, espancamentos, falta de alimentação ou mesmo abusos sexuais", detalha em comunicado. "Sua dor e seus gritos são uma nova razão inevitável para que todos os democratas exijam inequivocamente o fim da barbárie na Venezuela", acrescenta.

Mais de 2.400 pessoas foram presas no contexto das manifestações contra a reeleição de Maduro em 28 de julho em meio a suspeitas de fraude. Entre elas, 164 adolescentes, 67 dos quais permanecem detidos e acusados de terrorismo. Os protestos também deixaram 27 mortos — dois deles militares — e 192 feridos.

A Secretaria-Geral da OEA exige "a libertação imediata dos menores sequestrados pelo regime venezuelano, que se coloque fim a todos os tipos de tortura e que os responsáveis materiais e intelectuais por estes crimes infames sejam levados à justiça".

O Poder Judiciário "é um instrumento de repressão", segue o texto, sustentando que a comunidade internacional deve garantir que "as violações sistemáticas dos direitos humanos contra os adolescentes (...) não fiquem impunes".

O governo venezuelano ignora sistematicamente as recomendações da OEA, organização da qual solicitou formalmente a sua saída em 2017.
 

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