A Guiana, país que faz fronteira com o norte do Brasil, em Bonfim-Roraima, deverá ser a nação com maior crescimento global em 2024, aponta o FMI (Fundo Monetário Internacional). Os dados foram citados no relatório World Economic Outlook, divulgadou nesta terça, 22.
A Guiana vive uma forte expansão do PIB. Em 2023, já havia subido 38% e, em 2022, o crescimento foi de 62,3%. O PIB do país disparou em 2020, depois que foi iniciada a produção de novos poços de petróleo encontrados na costa do país.Em 2023, o PIB da Guiana atingiu 16,79 bilhões de dólares. Como comparação, o do Brasil foi de 2,17 trilhões de dólares.
A Exxon Mobil estima que a Guiana tenha reservas, em sua região costeira, de 11 billhões de barris de petróleo. Como comparação, o Brasil tem 14,8 bilhões de barris em reservas comprovadas e mais cerca de 49 bilhões de barris em reservas prováveis ou possíveis, segundo boletim da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
"A Guiana está em posição de aproveitar os benefícios do rápido aumento das receitas do petróleo por conta dos ganhos com a implantação de reformas e ajustes ao longo dos anos", disse Kenji Okamura, vice-diretor do FMI, durante uma visita ao país, em fevereiro.
"O forte progresso tem beneficiado toda a população, por meio de um melhor sistema de saúde, programas educacionais, de moradia, energia e transportes", afirmou Okamura.
A lista dos maiores crescimentos de PIB tem ainda o Níger, na África, ilhas do Pacífico como Samoa e Palau, e a Índia, que vem registrando alto crescimento desde 2021. Veja a lista completa abaixo
Segundo o órgão, o mundo deve crescer 3,2% neste ano, ligeiramente abaixo do registrado no ano passado, 3,3%. As maiores taxas virão de economias emergentes e em desenvolvimento. A Índia deve crescer 7% neste ano, ligeiramente menos do que os 8,2% de 2023.
O Brasil aparece no estudo com previsão de crescer 3% em 2024, um pouco acima dos 2,9% do ano passado. Maior economia do mundo, os EUA devem ter um crescimento no PIB da ordem de 2,8%, pouco abaixo dos 2,9% de 2024. Das economias ricas, só deve crescer menos que a Espanha, projetada para subir 2,9%.
Ainda na Europa, a Alemanha, maior economia do continente, deve ficar zerada neste ano. No ano passado, o PIB recuou 0,3%. Já a Rússia, envolvida com a guerra na Ucrânia e alvo de sanções ocidentais, deve ter um crescimento de 3,6%, mesma taxa do ano passado.
Fonte: Exame