25/12/2024 às 17h31min - Atualizada em 25/12/2024 às 17h31min
Um ano após ameaças de Maduro, tropas e blindados brasileiros seguem na fronteira com Guiana, em Roraima
Foto: Exército Brasileiro Quase um ano após o envio de um reforço militar pelo Exército, que incluiu mísseis e blindados, as tropas continuam em Roraima, na fronteira com a Guiana e a Venezuela. Essa movimentação ocorreu em resposta às ameaças do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de invadir a região de Essequibo, na Guiana.
A presença das forças armadas na área visa garantir a segurança e a estabilidade da fronteira, diante das tensões geopolíticas na região. O contingente militar permanece em alerta, monitorando possíveis desdobramentos relacionados à situação na Guiana e à postura do governo venezuelano.
Disputa territorial
O deslocamento de tropas e equipamentos militares para Roraima teve início após a escalada de tensões entre Venezuela e Guiana causada pela disputa pelo território de Essequibo. Alvo de uma controvérsia que remonta ao século 19, esse território voltou a ser reclamado pelo governo da Venezuela no ano passado. Em dezembro, os eleitores venezuelanos aprovaram, em referendo, a incorporação de Essequibo, que soma 75% da atual Guina.
O território de 160 mil km² com uma população de 120 mil pessoas é alvo de disputa pelo menos desde 1899, quando esse espaço foi entregue à Grã-Bretanha, que controlava a Guiana na época. A Venezuela, no entanto, não reconhece essa decisão e sempre considerou a região “em disputa”.
Em 1966, as Nações Unidas intermediaram o Acordo de Genebra – logo após a independência da Guiana –, segundo o qual a região ainda está “por negociar”. Existem estimativas que a região dispõe de bilhões de barris de petróleo.