Posts sobre invasão venezuelana em Roraima são desmentidos

25/01/2025 19h38 - Atualizado há 3 dias
Posts sobre invasão venezuelana em Roraima são desmentidos
Militares no Fuerte Tiuna participaram do Escudo Bolivariano que ocorreu na fronteira com Roraima.

Posts que estão viralizando ao menos desde quarta-feira, 22, desinformam ao afirmar que a presença de tanques e militares da Venezuela na região da fronteira com o Brasil em Pacaraima, em Roraima, significa que o país vizinho estaria invadindo o território brasileiro.

“Ué, pode invadir assim na boa?” e “Invasão terrestre das Forças Armadas da Venezuela” foram alguns dos comentários deixados nas publicações enganosas.

A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil na cidade de Santa Elena de Uairén, vizinha a Pacaraima. A ação foi temporária, nos dias 22 e 23 deste mês, para a execução de exercícios militares chamados de Escudo Bolivariano. De acordo com a Agência Venezuelana de Notícias, 150 mil homens e 250 veículos militares pesados participaram do treinamento, que ocorreu em todo o país.

Em um vídeo no canal oficial do Exército Bolivariano no YouTube, Nelson Javier Boscan Pulgar, diretor de Educação da instituição, diz que o treinamento visa “incrementar o aspecto operacional da Força Armada Nacional Bolivariana” e garantir “a defesa militar e a ordem interna”.

No dia 22, em Caracas, Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, afirmou que “este é o primeiro exercício do Escudo Bolivariano 2025 para garantir a paz, a soberania, a liberdade e a verdadeira democracia na nossa Venezuela amada”.

Em seu site, o Itamaraty disse que o fechamento da fronteira foi “por decisão unilateral das autoridades venezuelanas” e que, segundo o governo do país vizinho, “deve-se a exercícios militares rotineiros e foi feito por medida de segurança”.

Segundo o UOL, o Exército brasileiro planeja agora um exercício na fronteira com a Venezuela. Isso seria uma resposta a Maduro, que ameaçou invadir a Guiana e, para isso, a melhor estratégia seria passar pelo Brasil. Mas, ainda de acordo com o portal, a ação pode não ocorrer “por falta de verbas”.

O mesmo ponto da fronteira em Pacaraima já havia sido fechado neste ano em 10 de janeiro, quando Maduro tomou posse para seu terceiro mandato. O local foi reaberto três dias depois.

Folha tentou contato com a Prefeitura de Pacaraima, o Ministério da Defesa, o Itamaraty e o Exército venezuelano, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

Fonte: Revista Cenarium/Com informações da Folhapress


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