Escudo Bolivariano 2025: manobras militares venezuelanas elevam clima de incerteza na América do Sul

26/01/2025 07h35 - Atualizado há 1 dia
A Venezuela realizou recentemente o exercício militar “Escudo Bolivariano 2025”, que envolveu cerca de 150 mil militares e policiais em todo o país. Durante as manobras, a fronteira com o Brasil, na região de Roraima, foi temporariamente fechada, sendo reaberta em 23 de janeiro. O presidente Nicolás Maduro afirmou que o objetivo do exercício é “garantir o respeito à Venezuela por parte de grupos que geram violência, de terroristas armados da Colômbia (…) e de todas as pessoas que ameaçam e tentam atacar a Venezuela”.

As atividades coincidem com um aumento da violência na Colômbia, onde confrontos entre guerrilheiros resultaram em 100 mortos e 32 mil deslocados, alguns dos quais buscaram refúgio na Venezuela. Maduro destacou a necessidade de reforçar a segurança nas fronteiras para lidar com essas ameaças e proteger a soberania nacional.

Anteriormente, em janeiro, a Venezuela havia fechado temporariamente sua fronteira com a Colômbia, alegando uma “conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos” antes da posse de Maduro para seu terceiro mandato. Tanto o Brasil quanto a Colômbia não reconheceram a vitória de Maduro nas eleições, considerando o pleito fraudulento.

O presidente colombiano Gustavo Petro pediu a libertação de manifestantes opositores presos durante as eleições, enquanto o ex-presidente Álvaro Uribe sugeriu uma intervenção militar na Venezuela com apoio da ONU.

O governo brasileiro classificou o exercício militar venezuelano como uma atividade de rotina. No entanto, o Exército Brasileiro também realizou exercícios militares em Roraima, na fronteira com a Venezuela, visando avaliar e corrigir deficiências logísticas identificadas em operações anteriores.

Esses eventos ocorrem em um contexto de tensões regionais, especialmente devido à disputa territorial entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, rica em petróleo. A Venezuela promulgou uma lei que cria uma província venezuelana na área, ação considerada uma violação da soberania pela Guiana.

Os Estados Unidos anunciaram exercícios militares na Guiana, reforçando seu compromisso como parceiro de segurança do país.
 
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