Brasil decide bancar operação acolhida em Roraima enquanto busca outro parceiro para financiar braço da ONU

Governo Lula chamou reunião de crise após Trump sustar verba para organização da ONU que presta apoio venezuelanos na fronteira.

27/01/2025 19h35 - Atualizado há 1 dia
Em reunião com integrantes de cinco ministérios nesta segunda (27), o governo Lula decidiu sustentar em caráter emergencial as ações da Operação Acolhida, nas regiões de fronteira com a Venezuela, em Roraima, ao menos pelos próximos 15 dias, enquanto busca um novo parceiro para financiar o organismo da ONU (Organização das Nações Unidas) que auxiliava o atendimento de imigrantes na região Norte do país.

A decisão foi tomada após a OIM (Organização Internacional para as Migrações), braço da ONU para atendimento de migrantes e refugiados, informar, domingo de noite, às 19h36, que o presidente americano, Donald Trump, havia determinado o bloqueio de verbas que abastecem o organismo internacional, inviabilizando a continuidade dos serviços da Operação Acolhida.

Uma nova reunião foi chamada para amanhã, terça (28), para detalhar o número de médicos, enfermeiros e assistentes sociais, por exemplo, que precisarão ser deslocados. Uma das medidas em estudo é o acionamento da Força Nacional do SUS para dar conta da demanda na região.

A OIM era financiada em sua parcela majoritária pelos Estados Unidos (60%). A organização também se comprometeu a atuar junto ao Ministério das Relações Exteriores para buscar um novo financiador para as operações na região Norte. O impacto estimado do bloqueio, com validade inicial de 90 dias, é de US$ 5 milhões.

Polícia Federal e o Ministério da Defesa também vão ampliar o contingente na região para manter os trabalhos em caráter emergencial.
 

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