Cláudio Cirurgião afirma que investigação de denúncias contra Cecília Lorenzon continua mesmo após sua exoneração

Deputado diz que Comissão de Saúde vai encaminhar acusações recebidas aos órgãos de controle e fiscalização

- Informaações e fotos: Comunicação da Assembleia
25/02/2025 13h45 - Atualizado há 2 semanas

Durante sessão na Assembleia Legislativa de Roraima desta terça-feira (25), o presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Claudio Cirurgião (União Brasil), afirmou que o afastamento de Cecília Lorenzon da Secretaria de Saúde (Sesau) ocorreu por pressão popular e que o parlamento continuará investigando as denúncias.

“Hoje, fomos surpreendidos com a notícia de que o governo, espontaneamente, tomou a decisão de retirar a secretária Cecília do comando da pasta. Não foram os deputados que levaram a essa decisão. Não fomos nós. Somos a voz do povo, e o clamor social era enorme”, declarou o deputado.

O afastamento da secretária aconteceu após um ultimato dado pelo presidente da ALE-RR, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), que havia estabelecido prazo até esta terça-feira para o governador Antonio Denarium (Progressistas) exonerar Lorenzon ou enfrentar um processo de impeachment.

Em seu discurso, Cirurgião destacou que, nos últimos quatro meses, as denúncias contra a secretária vinham se acumulando. “De que adianta o secretário Edilson Damião trabalhar dia e noite para entregar estradas vicinais e obras, correr incansavelmente para fazer um bom trabalho, se tudo era jogado em um buraco, numa verdadeira vala comum chamada Secretaria de Saúde?”, questionou.

Entre as denúncias apresentadas pelo deputado, estão o desvio de medicamentos, a utilização irregular de servidores cedidos e um contrato para terceirização das UTIs que custaria mais de R$ 40 mil por paciente ao Estado.

“Foi relatado que servidores da Cerr, cedidos à Sesau, realizavam a manutenção de aparelhos de ar condicionado, mesmo havendo um contrato vigente para essa finalidade. Trata-se de uma denúncia gravíssima, feita oficialmente nesta comissão”, complementou.

O parlamentar também citou o caso da paciente Kellen Dias, que faleceu em 21 de fevereiro após dez dias tentando conseguir hemodiálise. “Essa situação será formalmente relatada, e todas as pessoas responsáveis pela morte dessa paciente serão investigadas e devidamente incriminadas. Não se trata apenas de trocar secretários”, enfatizou.

Cirurgião ainda alertou a atual secretária, Adilma Lucena, que assumiu a pasta após o afastamento de Cecília Lorenzon. “Esta é sua oportunidade de reverter essa situação. A atual secretária não pode ser apenas uma continuidade da gestão anterior. Não pode repetir os mesmos equívocos cometidos pela ex-secretária”, alertou.

 


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