Comandante militar da Amazônia (CMA) desde julho de 2022, o general Costa Neves afirmou neste dia 10 de março que o Exército está pronto e preparado para garantir a soberania do país, especialmente na região de Roraima, fronteiriça com a Venezuela.
O general, cujo nome completo é Augusto Ferreira Costa Neves, natural de Olímpia, São Paulo, tem sob sua responsabilidade uma área de quase 25% do território nacional.
Costa Neves, em entrevista exclusiva ao programa “Manhã de Notícias”, de Ronaldo Tiradentes, fez a afirmação diante de uma pergunta sobre grande exercício militar recente realizado pela Venezuela na região, que gerou tensão diplomática entre os dois países no início deste ano.
A fronteira com o Brasil também toca envolve o conflito da Venezuela com a Guiana pelas ricas terras de Esequibo. Como decorrência, Nicolás Maduro, por decisão unilateral, fechou recentemente a fronteira para os brasileiros e também venezuelanos para tomar posse em mais um mandato de presidente.
Maduro respondeu assim à decisão do governo Lula da Silva de não reconhecer oficialmente a vitória nas eleições de 2024.
Forças equipadas
Conforme o general, desde 2023 o CMA vem recebendo reforços significativos para agir contra a Venezuela, se necessário for defender a soberania brasileira. Citou, por exemplo, os veículos blindados Guaicurus, carros de combate Guarani (fruto de uma parceria com a Itália) e mísseis anticarro de tecnologia nacional.
“Nós aumentamos a nossa capacidade consideravelmente naquela área. Nós estamos com uma prontidão logística operacional ali muito boa, muito, muito boa mesmo”. Além disso, Costa Neves afirmou que o pelotão especial de fronteira em Pacaraima, no estado de Roraima, foi ampliado, triplicando a capacidade operacional local.
O comandante também ressaltou a instalação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron), com investimentos bilionários em tecnologia para o sensoriamento da faixa de fronteira. “Nós estamos muito bem equipados para garantir a soberania do nosso país”.
Tropa do CMA de prontidão
Apesar do exercício militar venezuelano, o general afirmou que as tropas brasileiras mantiveram-se em prontidão, demonstrando a eficácia do planejamento estratégico do Exército para a região.
