MST do Brasil assume a função de tropa de choque de Nicolás Maduro na Venezuela

17/03/2025 10h27 - Atualizado há 14 horas
MST do Brasil assume a função de tropa de choque de Nicolás Maduro na Venezuela
O MST brasileito já fincou suas raízes em solo venezuelano em parceria com o presidente Nicolás Maduro.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, MST, recebeu 180 mil hectares de terras na Venezuela das mãos do ditador Nicolás Maduro na semana passada. No Brasil, o movimento promoveu mais de 70 ações de protestos e invasões entre os dias 11 e 14 de março, e está preparando outras ações para as próximas semanas.

Trata-se de um caso clássico de ingerência externa, em que um ditador estrangeiro financia um grupo armado que gera instabilidade no Brasil, violando as leis brasileiras.

Maduro afirma que o objetivo da doação de terras ao MST é produzir alimentos. É muito mais que isso. A Venezuela já foi um grande produtor e exportador de alimentos até a década de 1990.

Quem destruiu o campo no país foram os ditadores Hugo Chávez e Nicolás Maduro, com expropriações de sítios, confisco de máquinas, ações de grupos armados colombianos e congelamento de preços.

Com tudo isso, só pode prosperar hoje no campo venezuelano quem tem conexões com a ditadura. Maduro traz para perto de si o MST não por que precisa de produtores de alimentos, porque isso a Venezuela tem aos montes, mas porque quer ter uma tropa de choque que possa atuar além de suas fronteiras.

Quando, em 2019,  diplomatas do presidente interino Juan Guaidó ocuparam a embaixada da Venezuela em Brasília, após o governo brasileiro romper relações com Maduro, eles foram expulsos com ajuda do MST e do deputado federal Paulo Pimenta, ex-ministro da Secom de Lula.

MST, então, ficou encarregado da vigilância na portaria da embaixada, obedecendo as ordens de Maduro. Em 2014, o MST já tinha assinado um acordo com a ditadura de Maduro, com o objetivo de “fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista“.

Quem assinou a parceria foi o vice-presidente venezuelano na época, Elias Jaua, cuja babá foi presa com uma arma guardada em uma maleta tentando entrar no Brasil.

Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista“, disse Jaua durante a visita ao Brasil, em 2014.

 


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