A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado cumpre uma série de diligências em Roraima, entre quinta-feira (29) e sábado (31), para acompanhar a recepção de venezuelanos na Operação Acolhida, em Pacaraima, e para apurar denúncias no Território Yanomami.
A missão oficial ocorre em cumprimento a um requerimento aprovado pelos parlamentares membros do colegiado em março, e tem por objetivo avaliar o trabalho do governo brasileiro, especialmente no atendimento na área indígena, alvo de denúncias de violações de direitos humanos.
Há dois meses, o Ministério da Saúde divulgou pesquisa que apontou 33,3 mil casos de malária na Terra Indígena Yanomami em 2024, aumento de 10,2% em relação a 2023, quando houve 30,2 mil registros, e um acréscimo de 118% ante 2022, quando o sistema registrou 15,3 mil casos.
Entre os infectados ano passado, 14.672 (44%) são crianças de 0 a 9 anos de idade. É a maior incidência entre faixas etárias, seguida da de 10 a 19 anos, com 8.889 casos (26,6%).
“O Congresso Nacional sensibilizou-se com aquela imagem dos Yanomami em situação absolutamente precária e, imediatamente, aprovou orçamento bilionário para cuidar daquele povo. Mas o que observamos foi um aumento no número de mortes e a disparada nos casos de malária”, protesta a presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que vai liderar a comitiva.