A Justiça de Roraima proibiu o ex-senador Telmário Mota de usar as redes sociais – inclusive com a ajuda de outras pessoas – enquanto estiver em prisão domiciliar. Ele também está proibido de dar entrevistas a qualquer meio de comunicação.
Além disso, a decisão diz que Mota só poderá sair de casa quando houver a necessidade de atendimento médico, ou então, com autorização judicial. Nesses casos, ele deve estar de tornozeleira eletrônica.
Do mesmo modo, o documento cita que Telmário não pode realizar festas ou qualquer tipo de celebração. Ao término da prisão domiciliar válida por 60 dias, ele deve retornar à unidade prisional.
A prisão domiciliar concedida foi referente ao processo em que Telmário Mota recebeu condenação a mais de oito anos de prisão por importunação sexual contra a própria filha. O crime ocorreu em agosto de 2022.
Além disso, o ex-senador também é suspeito de ser o mandante do assassinato da mãe da jovem, Antonia Araújo Sousa, de 52 anos. O crime ocorreu no dia 29 de setembro de 2023. Ela teria uma audiência sobre o caso da filha nos dias posteriores. A decisão de matar Antônia teria partido de uma reunião na fazenda de Telmário, chamada Caçada Real, o que inspirou o nome da operação da Polícia Civil.
Em abril deste ano, após sair da cadeia para a prisão domiciliar, Mota chegou a fazer ataques diretos ao delegado responsável pela condução do inquérito que investigou o assassinato de Antônia Araújo Sousa, ocorrido em setembro de 2023. Em entrevista, o ex-parlamentar o chamou de “mentiroso” e disse que sua prisão foi “injusta” e baseada em “denúncias falsas”. Na ocasião, a Polícia Civil rebateu Mota com uma nota de repúdio.