Senadores pressionam governo e pedem para TCU e CGU investigarem contrato para limpar terra Yanomami em Roraima

Contrato no valor de R$ 15,8 milhões foi firmado entre o Ministério do Trabalho e uma ONG ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, como mostrou o ‘Estadão’; Unisol não quis comentar e sindicato afirma que entidade tem ‘total autonomia administrativa, política e financeira’

- Fonte: Estadao
01/06/2025 10h19 - Atualizado há 1 dia

O senador Jorge Seif (PL-SC) solicitou nesta terça-feira, 27, ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre um contrato no valor de R$ 15,8 milhões, firmado entre o Ministério do Trabalho e uma ONG ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, sediado em São Bernardo do Campo (SP). O acordo prevê a remoção de lixo da terra indígena yanomami, em Roraima.

O pedido do senador ao órgão ocorre após reportagem publicada pelo Estadão no domingo, 25, que mostrou que o convênio foi firmado por meio da Secretaria de Economia Popular e Solidária, comandada pelo ex-ministro Gilberto Carvalho, um dos mais importantes conselheiros do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ONG Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil) funciona em uma sala alugada, de 40 metros quadrados, no subsolo do prédio do sindicato e tem entre seus diretores Carlos José Caramelo Duarte, que ao mesmo tempo é vice-presidente do sindicato. O presidente da ONG é Arildo Mota Lopes, um ex-diretor da entidade sindical. Os dois são filiados ao PT.

O montante já está no caixa da ONG do sindicato, mas as atividades em campo só devem começar no segundo semestre. Segundo o Ministério do Trabalho, nos três primeiros meses houve “reuniões de planejamento técnico da operação”, e, no segundo trimestre, “iniciaram os estudos técnicos”.


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