Quase um ano depois de ser anunciada pela CBF, com direito a evento e sorteio de grupos em sua sede, a Taça dos Povos Indígenas vai sair do papel. Após Ednaldo Rodrigues retirar o apoio à competição em abril, Samir Xaud retomou o projeto e vai chancelar o torneio.
O evento será lançado e apresentado no próximo dia 15 de julho durante a XVII edição da Aldeia Multiétnica, encontro anual que reúne mais de 300 indígenas em Alto Paraíso de Goiás. A cerimônia contará com representantes da própria CBF e do Ministério dos Povos Indígenas.
O torneio, no entanto, está previsto para o segundo semestre, com a primeira etapa começando em setembro. No mesmo mês do ano passado, a CBF anunciava com pompas sua chancela, com direito à presença de Ednaldo Rodrigues, que até posou de cocar, e Dorival Júnior, então técnico da seleção brasileira.
O planejamento inicial era que a competição ocorresse em abril. Mas às vésperas do campeonato, a CBF comunicou por e-mail "após uma análise cuidadosa de nossas prioridades e capacidade atual, infelizmente não será possível oferecer qualquer forma de apoio".
Ao todo, serão cerca de 2,4 mil participantes de 48 etnias, distribuídos em equipes masculinas e femininas. A princípio, os times serão divididos em grupos e depois se enfrentariam no modelo "mata-mata". Em paralelo, está em estudo a possibilidade de os campeões de cada região disputarem entre si durante a COP30, no Pará.
O projeto, realizado em parceria entre Instituto Inclusion For All e a produtora Four X Entertainment, terá apoio institucional da CBDU e do Ministério dos Povos Indígenas, além da da CBF. As entidades vão fornecer curadoria técnica, auxílio com arbitragem e palestras e oficinas voltadas à capacitação dos participantes.
