A Superintendência de Gestão de Pessoal da Assembleia Legislativa de Roraima publicou a resolução de exoneração do assistente de gabinete Jackson Renei Aquino de Souza, envolvido no escândalo do ataque hacker que desviou mais de R$ 50 milhões de bancos brasileiros. A resolução Nº 6824/2025- foi publicada no Diário da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (23).
Ele foi preso na última segunda-feira (21) com R$ 700 mil relacionados ao ataque hacker que desviou milhões das contas de instituições financeiras - o ataque é considerado um dos maiores e mais graves do país.
Jackson foi preso em flagrante pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro. Ele foi abordado ao sair de uma agência bancária. A Justiça converteu nessa quarta-feira (23) a prisão em preventiva durante audiência de custódia. Não se sabe qual a participação de Jackson no ataque hacker.
Na Ale-RR, ele era assessor parlamentar comissionado do deputado Neto Loureiro (PMB) e afirmou receber o salário de R$ 4 mil. Como corretor de imóveis, ele afirmou ter renda de R$ 10 mil mensais. A exoneração dele consta do Diário da Ale-RR e é assinada pelo Superintendente de Gestão de Pessoas, Claudemi Alves.
Procurada, a defesa dele não se manifesta publicamente sobre nenhum caso. Em nota, o Neto Loureiro disse que Jackson estava de férias e que "não compactua com qualquer tipo de ato ilegal." A Assembleia Legislativa de Roraima informou que "estão sendo adotadas as providências administrativas cabíveis para o seu desligamento, que será formalizado ainda hoje".
Prisão com dinheiro e ligação com ataque hacker
A PF chegou até Jackon após um alerta da Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas de que ele havia agendado um saque de R$ 1 milhão para a segunda. Na investigação, agentes descobriram que havia caído R$ 2,4 milhões na poupança do assessor e que o dinheiro tinha relação o desvio do ataque cibernético.
As transferências para a conta poupança do assessor partiram de duas empresas que, segundo rastreamento do Banco Central enviado à PF, têm ligação com o furto milionário contra instituições financeiras. A primeira repassou R$ 1,85 milhão; a segunda, R$ 600 mil.