Venezuela restabelece isenções para exportações de Roraima

- Conteúdo: FolhaWeb
28/07/2025 12h07 - Atualizado há 16 horas

A Venezuela voltou a isentar o imposto de importação sobre os produtos brasileiros com certificado de origem nesta segunda-feira (28), segundo empresários. O governo de Nicolás Maduro não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

Eles apuraram que um problema no sistema alfandegário fez o País, na semana passada, a voltar a fazer uma cobrança de até 77% sobre cada mercadoria, sem avisar o Brasil, o que contrariava um acordo bilateral vigente desde 2014.

A normalização do sistema ocorre após articulação de empresários venezuelanos e de autoridades brasileiras junto a membros do alto escalão do País vizinho. A presidente da Câmara de Importadores Socialistas do Sul da Venezuela, Fátima Araújo, celebrou o resultado do movimento.

“Graças a Deus, nosso clamor foi escutado pelas autoridades e obtivemos bons resultados. Ficamos surpresos quando recebemos a notícia”, declarou. “A gente faz um agradecimento público tanto ao presidente Maduro, como à vice-presidente Delcy Rodríguez”.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, Eduardo Ostreicher, também confirmou a informação após conversar com despachantes aduaneiros e empresários venezuelanos, especialmente de Santa Elena de Uairén, cidade da fronteira com o Brasil.

“O sistema, nesta manhã, voltou ao normal. Era um problema do sistema, que agora já está recebendo certificados de origem que acompanham as cargas. Com isso, está sendo emitido o benefício tributário em cima do imposto ad valorem”, confirmou Ostreicher, que agradeceu aos governos brasileiro e venezuelano pela missão de resolver o problema.

Por sua vez, o consultor de comércio exterior dos exportadores de Roraima, Plácido Alves, enfatizou a união de empresários de vários dos setores envolvidos na importação e exportação entre os países. “Foi uma coisa que nunca vimos antes”, avaliou.

Principal parceiro de Roraima

A Venezuela é o principal parceiro comercial de Roraima, consecutivamente, desde 2019. Em 2024, o Estado exportou, para a nação vizinha, 144,6 milhões de dólares em produtos (R$  799 milhões na atual cotação), especialmente farinha, cacau, margarina e cana de açúcar.

 


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