O que se sabe e o que falta saber sobre “montanha de ouro” apreendida em Boa Vista

06/08/2025 07h47 - Atualizado há 5 dias

Bruno Mendes de Jesus, 30 anos, dirigia tranquilamente ao lado da esposa, Suzy Alencar, e do filho do casal, um bebê de nove meses, quando, na altura da BR-401, em Boa Vista (RR), foi surpreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A abordagem ao veículo conduzido por Bruno culminou na maior apreensão de ouro na história da força de segurança. Foram encontrados cerca de 103 quilos escondidos em compartimentos ocultos da caminhonete.

Pela cotação atual, a PRF calcula que o valor das barras de ouro se aproxima de R$ 60 milhões em valor de mercado. Conforme o site do Banco Central, o grama do ouro está cotado em torno de R$ 582,32.

O que se sabe:

  • A Casa Civil informou, nessa terça-feira (5/8), que o ouro maciço apreendido é oriundo de garimpo ilegal.
  • O metal precioso apreendido teria como possível destino a Venezuela ou a Guiana.
  • O carro em que o ouro estava escondido não está registrado no nome de Bruno.

O que falta saber:

  • A origem do ouro ainda é desconhecida
  • Também falta esclarecer como tamanha quantidade teria sido extraída e  quem estaria envolvido no processo
  • Quais os mecanismos teriam sido implementados para fazer a extração também são desconhecidos

O advogado de Bruno Mendes, Smiller Rodrigues de Carvalho, declarou que tem conhecimento acerca da origem do ouro, mas que o fato será apresentado somente nos autos dos processos.

Em nota, a defesa alegou que Bruno, que se diz empresário, trabalha em atividades relacionadas ao setor mineral e que sua família depende dele, que é o provedor da família, para se manter.

No pronunciamento, Smiller de Carvalho declarou que o homem é “cidadão primário, de bons antecedentes, pai de uma criança de nove meses de idade, e único responsável pelo sustento de sua família, a qual se encontra em situação de fragilidade social”.

“Trata-se de trabalhador que, como milhares de brasileiros, atua em atividades relacionadas ao setor mineral, que embora possam se desenvolver em áreas de tensão regulatória, são, para muitos, meio de subsistência e única alternativa de sobrevivência”, escreveu a defesa.

O advogado declarou que a defesa confia que, no decorrer do processo, tudo será esclarecido. “Rechaçando qualquer tentativa de criminalizar pessoas humildes que, embora atuem em setores economicamente marginalizados, não possuem envolvimento com organizações criminosas ou atividades que atentem contra a ordem pública.”

PRF informou que apresentou a ocorrência e encaminhou o ouro apreendido para a PF, que deve dar continuidade à investigação.

 


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