Samir Xaud anuncia 'fair-play' financeiro entre clubes para modernizar futebol brasileiro

Entidade terá 90 dias para entregar o projeto, que pode ser aplicado a partir de 2026

11/08/2025 13h38 - Atualizado há 4 horas
Samir Xaud anuncia 'fair-play' financeiro entre clubes para modernizar futebol brasileiro
O presidente da CBF, Samir Xaud, anunciou hoje a propsota do fair play para modernizar o futebol brasileiro

A CBF promoveu um evento nesta segunda-feira (11) em um hotel no Rio de Janeiro para marcar o início oficial do debate sobre o fair play financeiro no futebol brasileiro. A entidade se reuniu com clubes e federações para debater o projeto, que será entregue em 90 dias e pode entrar em vigor a partir de 2026.

O presidente da CBF, Samir Xaud, comentou que a entidade deseja criar um futebol brasileiro autossustentável.

— É um dos objetivos que colocamos no nosso compromisso de campanha. Com 78 dias de gestão, tomamos passos importantes para um caminho novo no futebol brasileiro. Queremos criar um sistema sustentável no Brasil, evitar o doping financeiro, reduzir dívidas. Hoje é o pontapé, com essa reunião, para transformarmos o futebol brasileiro. Estou muito feliz — disse Xaud.

De acordo com Ricardo Gluck Paul, um dos vice-presidentes da CBF, todos os clubes da Série A e 13 clubes da Série B se mostraram favoráveis à implementação do fair play financeiro.

— Basicamente consiste em garantir o relacionamento de pagamentos entre clubes e atletas, clubes e clubes e clubes e governo. Já é realizado com sucesso em outras praças e queremos construir no Brasil. Temos 33 clubes e 10 federações em um movimento histórico. Junto com todas essas pessoas, fazer um modelo que atenda a realidade brasileira — afirmou Gluck Paul.

Ao ser perguntado sobre a sugestão de Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, de implementar uma regra que proíba os times que estão devendo outros clubes brasileiros de contratarem novos jogadores, Samir disse que a entidade vai avaliar com calma a medida, ouvindo as equipes.

— Não vamos tomar nenhuma medida precipitada. Queremos fazer o sistema autossustentável, com pés no chão, para conduzirmos da melhor forma possível — disse o presidente da CBF.

A CBF tem até 90 dias para entregar o projeto final, depois de conversas com os clubes e as federações. Há urgência para a implementação, mas o discurso prega cautela, para evitar um colapso financeiro.

— Temos essa missão com presidente Samir. Temos 90 dias para entregar o projeto final. Já começa em 2026, mas com responsabilidade. Haverá ondas de implementação para chegar à plenitude do programa. Não queremos implementar de uma vez só, há o temor de um colapso. Por nós, isso está afastado. Temos senso de urgência, mas senso de responsabilidade — disse Gluck Paul.

— É um primeiro encontro, procuraremos ouvir os clubes e as formas de fair play financeiro que o corpo técnico trouxe para nós. Uma discussão mais firme e aprimorada para colocar em prática o fair play. Não posso cravar datas ou números, depende das discussões que faremos. Quero fazer o mais rápido possível, dentro de uma medida que não coloque em risco o futebol brasileiro — completou Samir Xaud.

O encontro desta segunda-feira foi introdutório, com reuniões entre clubes e federações e apresentações, como a de um representante da Uefa sobre o sistema de fair play implementado na Europa. Há apresentações de especialistas previstas e painéis de discussão entre os envolvidos.

 


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