02/06/2023 às 15h00min - Atualizada em 02/06/2023 às 15h00min
Os EUA estão dispostos a suspender sanções contra a Venezuela se forem tomadas "medidas concretas".
A Venezuela denunciou que as 929 medidas coercitivas unilaterais resultaram em necessidades para o povo, além do fato de que a administração dos EUA realizou "o leilão judicial" de ativos venezuelanos.
- Fonte: RT News See More
O Governo dos Estados Unidos (EUA) reiterou que está disposto a suspender as medidas coercitivas unilaterais que impôs à Venezuela, se o Governo do presidente Nicolás Maduro tomar "medidas concretas" em assuntos exigidos por Washington, como a definição do regras que regerão as próximas eleições presidenciais, previstas constitucionalmente para 2024.
Em sua perspectiva, o governo Joe Biden está tentando encontrar outro papel no discurso político venezuelano e explorar "outra rota" que envolve o abandono da política de "pressão máxima" implementada pelo ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
Interferência dos Estados Unidos no diálogo
Caracas denuncia que desde 2015 os Estados Unidos impuseram, com o apoio da União Europeia, 929 sanções econômicas e financeiras, que resultaram em prejuízos da ordem de 232 bilhões de dólares, segundo cifras oferecidas pelo vice-presidente Delcy Rodríguez em 21 de abril.
No início de janeiro de 2023, Washington ameaçou a Venezuela de manter "intacta" sua política de sanções e bloqueios até que fossem dados "passos concretos" para o que consideravam "o retorno à democracia" do país.
O presidente Maduro, por sua vez, acusou o governo dos Estados Unidos de torpedear o diálogo com o setor oposicionista reunido na "Plataforma Unitária", ao se recusar a liberar 3.200 milhões de dólares que seriam destinados ao atendimento de necessidades sociais urgentes, de acordo com uma acordo assinado no México em novembro de 2022.
Da mesma forma, Caracas o descreveu como um "escândalo internacional sem precedentes" e anunciou ações judiciais contra a licença 42 emitida pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos (OFAC), que permitiu "o leilão judicial" da Citgo, subsidiária da Petróleos de Venezuela SA ( PDVSA) nos EUA
A la víspera de la Conferencia Internacional sobre Venezuela organizada por su homólogo Gustavo Petro en Bogotá, el dignatario condicionó su regreso a la mesa, entre otros puntos, al levantamiento incondicional de todas las coerciones y la devolución de todos los activos de la República confiscados en o estrangeiro.
Segundo as versões que circularam, na cimeira realizada na capital colombiana não foi assinada uma declaração final devido à recusa dos Estados Unidos em assiná-la e, em vez disso, recomendou-se o fim das sanções, o reinício das conversações no México e a construção de um roteiro eleitoral.
"Retomar o diálogo em Bogotá"
O presidente Maduro anunciou na terça-feira, de Brasília, que receberá em breve os chanceleres das nações que participaram do encontro, com o objetivo de retomar o intercâmbio com seus adversários políticos.
"Devemos reviver o espírito do diálogo em Bogotá, onde 20 países participaram. Mantenham-no vivo, em breve receberei um grupo de chanceleres dos países participantes do diálogo", disse ele à mídia.