Antonio Oliverio Garcia de Almeida, mais conhecido pela alcunha de Antonio Denarium – que tantas vidas desgraçou com suas usuras – ganhou uma sobrevida como governador, no julgamento no TSE desse processo de cassação do seu mandato por crimes eleitorais. Mas não se preocupem, não ganhou a salvação!
Pecadores e criminosos não ganham a vida eterna! O inferno está logo ali... nas eleições de 2022 Denarium usou dos meios para justificar os fins, e se apropriando do dinheiro do Estado, “conquistou” o eleitorado para se manter no poder.
O voto duro e irrefutável da ministra relatora Izabel Galloti no julgamento, interrompido por um esdruxulo pedido de vista de um bolssominho metido a pastor, desmonta qualquer possibilidade de defesa, e deixou clarividente a materialidade e a gravidade dos delitos cometidos. Delitos que usurparam a ponderação da escola do voto livre.
Mas como nas ocrims – organizações criminosas - o crime parece compensar e as ilusões superam os medos, partidários de Denarium festejaram a decisão de Mendonça, mesmo que provisória, e pelos relatos declarados em redes sociais parece que já previam que o julgamento seria interrompido por um pedido de vista.
Izabel Galloti fez valer a premissa de que o ilícito nunca e jamais prosperará sobre a verdade. Ela votou pela cassação do manado de Denarium e do vice, pela inelegibilidade do governador, por sua evacuação imediata do cargo e pela realização de eleições suplementares.
Galloti está incondicionalmente convencida da condenação de Denarium com a perda do mandato, e compreende que isso pode reparar a verdade daquele pleito de 2022 absolutamente defraudado. Mas Galloti foi vencida pela burocracia regimental.
A permanência de Denarium no comando do Estado é muito ruim para Roraima, mesmo que mais 30 dias até o retorno do julgamento e cassação do seu mandato é dada como certa diante da certificação dos crimes apontados no relatório de Izabel Galloti e apontados como “graves e complexos” pela ministra presidente Carmem Lúcia.
Diante do cenário formado com a possibilidade de perda do mandato de Denarium, não há como palpitar qual o grau de governabilidade ele terá daqui para frente, porque sua posição como chefe do Governo está enfraquecida e vulnerável. Ademais é da natureza da política a dificuldade de manter a governabilidade quando não há expectativa de continuidade do poder. E isso não é bom para o Estado.
Denarium praticou uma série de crimes eleitorais em 2022, com uso do dinheiro do Estado. Prosperou na compra de votos, ofereceu benefícios, cooptou famílias, usurpou da moralidade, invadiu a ética, comprou quase tudo descaradamente e etc.
E grande parte do eleitorado que o reelegeu em 2022, por conivência involuntária ou por inocência – a maioria beneficiária de cargos comissionados – não tem a noção do mal que esse rapaz está causando na vida das pessoas de Roraima.
Denarium é um paciente entubado, sem a menor perspectiva de cura. É inacreditável e deplorável a desfiguração do caráter das pessoas que ainda se lançam nas redes sociais a defender esse governo patético.
O julgamento que se iniciou neste dia 26 há de ser concluído ainda no decorrer deste ano. É preciso e se faz necessário que a Justiça se ponha na correção desses crimes eleitorais cometidos pelo governador e que sua pena pela culpa seja implacável.
Vivendo em Roraima há mais de 40 anos, desembarcado aqui ainda no tempo do Território Federal, sou testemunha da história política contemporânea e posso afirmar que estamos presenciando a pior gestão de um governador em todos os ciclos eleitorais.
Participei das boas gestões de Ottomar Pinto – como coordenador de Comunicação do Governo – dos mandatos seguidos de Neudo Campos, testemunhei os desastres que foram as gestões de Flamarion Portela, Anchieta Junior, Chico Rodrigues e Suely Campos, portanto posso afiançar que Antonio Denarium é uma dessas aberrações que surgem a cada ciclo eleitoral em Roraima.
O governo de Denarium não tem legado. Seus defensores que se multiplicam nas redes sociais com meras e enojosas bajulações, são beneficiários de suas migalhas.
A maioria vive de favores, um emprego aqui, assistencialismo ali, aquele assessoramento comissionado que não carece de presença no ambiente de trabalho, e por esses obséquios se dão por contentes e satisfeitos.
Roraima precisa mudar sua matriz política. O vulgo Denarium não serve como referência e é preciso que o roraimense busque na história dele [Denarium] e em sua biografia como servidor de instituição financeira e como agiota, para identificar o desperdício que foi elegê-lo como mandatário político.
Chega de Denarium. Basta de Denarium! Roraima carece, necessita e precisa de algo melhor... Roraima precisa de um norte!