Ministério da Defesa nega que Brasil tenha plano para resgatar Nicolás Maduro

De acordo com site, Brasil teria articulado operação com autoridades da Venezuela para resgatar Maduro, diante da pressão crescente dos EUA

27/08/2025 10h01 - Atualizado há 7 horas

Ministério da Defesa do Brasil negou a existência de um plano para resgatar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, diante das ameaças dos Estados Unidos contra o líder venezuelano. A informação foi confirmada ao Metrópoles nessa terça-feira (26/8).

No domingo (24/8), o portal DefesaNet divulgou uma reportagem revelando a Operação Imeri. O plano, de acordo com o portal, teria como objetivo retirar o líder venezuelano do país em meio à movimentação militar norte-americana na região, e envolveria a Marinha do Brasil e Aeronáutica.

“O Ministério da Defesa informa que não há qualquer plano ou operação em curso ou em elaboração nos termos mencionados”, disse a pasta em nota.

Pressão contra Maduro

  • Os EUA são um dos principais alvos das declarações polêmicas de Nicolás Maduro, que acusa o país de ambições imperialistas.
  • A legitimidade do governo de Maduro é questionada por grande parte da comunidade internacional, pois muitos países enxergam fraude eleitoral nas últimas eleições realizadas na Venezuela.
  • Assim como seu antecessor, Joe Biden, Trump reconhece o opositor Edmundo González como o verdadeiro vencedor do pleito venezuelano.
  • Maduro é acusado pelos EUA de ser chefe de cartel, e ter ligações diretas com a entrada de drogas no país.

Segundo a reportagem, a Operação Imeri teria sido discutida pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler da Venezuela, Yván Gil Pinto, durante a última cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA/CELAC).

O encontro entre os dois ministros aconteceu no último dia 21 de agosto, em Bogotá, Colômbia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, temas como a relação comercial bilateral, as tarifas norte-americanas e os “atuais desafios em matéria de segurança regional” foram discutidos durante a reunião.

Ainda assim, fontes ligadas ao Itamaraty informaram ao Metrópoles que o possível plano de resgate a Maduro nunca esteve na pauta da agenda entre Vieira e Gil.

Pressão norte-americana

Desde o fim de julho, os Estados Unidos iniciaram pressões contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela.

Além de acusar o atual presidente venezuelano de chefiar o cartel de drogas Los Soles, o governo de Donald Trump aumentou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões.

A suposta ligação de Maduro com o grupo, sem provas concretas, surge em meio a uma mudança nas políticas norte-americanas de combate ao tráfico internacional de drogas.

Desde o início do atual governo Trump, diversas organizações ligadas ao tráfico foram classificadas como grupos terroristas, entre eles o cartel de Los Soles. Mais que uma simples retórica, a medida abre precedentes para que os EUA realizem operações militares em outros países, sob a justificativa de guerra contra o terror.

Com a promessa de utilizar todo o “poder americano” contra o líder chavista, navios de guerra norte-americanos também foram enviados para as proximidades da Venezuela.

 


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