26/06/2023 às 15h38min - Atualizada em 26/06/2023 às 15h38min

Roraima registrou mais de 9 mil casos de malária entre janeiro e março deste ano.

Roraima registrou, de janeiro a março deste ano, mais de 2.700 casos autóctones de malária por Plasmodium falciparum. Essa espécie está associada às formas mais graves da doença.

- Fonte: Brasil 61


 

Novos desafios para um antigo problema de saúde pública. A malária ainda faz parte da realidade dos municípios roraimenses. Em 2022, o estado de Roraima registrou mais de 26 mil casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde, obtidos pelo Sivep-Malária. Nos primeiros três meses de 2023, foram registrados mais de 9 mil. Evelin Rezende, de 41 anos, disse que pegou malária quando se mudou para Boa Vista. Ela relata momentos de desespero e conta que, se não tivesse tratado logo no início, os médicos disseram que poderia ter morrido.

“Comecei a ficar prostrada de não conseguir ficar em pé, comecei a vomitar, comecei a sentir muita dor nos rins, me deu uma infecção urinária até que um dia eu não consegui mais me levantar, tinha que ser arrastada... e uma febre muito alta... e o diagnóstico era que se eu não tivesse me tratado, antes do Natal eu já tinha morrido.”

Roraima registrou, de janeiro a março deste ano, mais de 2.700 casos autóctones de malária por Plasmodium falciparum. Essa espécie está associada às formas mais graves da doença. O número representa um aumento de 26% no número de casos por essa espécie em relação ao mesmo período de 2022. Para Cássio Peterka, responsável pelo Programa Nacional de Controle e Prevenção da Malária do Ministério da Saúde, o combate à doença precisa ser mantido com a participação da população, profissionais de saúde e gestores.

“Conseguimos reduzir os casos pelo Plasmodium falciparum e precisamos avançar para alcançar a eliminação da espécie até 2030 e da malária até 2035 no País. Acredito que agora esse é o momento para falar da mudança de chave, é o momento em que a gente precisa trabalhar a eliminação.”

A malária é transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. Os locais escolhidos pelo vetor para servirem de criadouros são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia brasileira. O Ministério da Saúde recomenda a adoção de medidas de prevenção contra a picada do mosquito como o uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, repelentes e permitir que o agente borrife a casa. Ao apresentar sintomas como dores de cabeça e no corpo, febre e calafrios é preciso procurar rapidamente uma unidade de saúde e fazer o exame. Caso seja positivo, é necessário cumprir o tratamento até o final, mesmo que não apresente mais sintomas. O Exame e o tratamento são gratuitos no SUS.


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