02/08/2023 às 10h48min - Atualizada em 02/08/2023 às 10h48min

Protocolo para atender vítima de assédio ou violência sexual em casas noturnas é aprovado na Câmara dos Deputados.

O projeto prevê que os estabelecimentos deverão manter pessoal treinado para agir em caso de denúncia de violência ou assédio à mulher,.

- Fonte: Assessoria Parlamentar/Com informações da Agência Câmara Notícias
A deputada roraimense Helena Lima é coautora do “Protocolo Não é Não”, aprovado na Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação

O “Protocolo Não é Não”, de coautoria da deputada federal Helena Lima (MDB), foi aprovado nesta terça-feira (1º), na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 3/2023 cria normas de atendimento à mulher vítima de violência sexual ou assédio em discotecas ou estabelecimentos noturnos, eventos festivos, bares, restaurantes ou qualquer outro estabelecimento de grande circulação de pessoas.
 
“Precisamos garantir que essas vítimas sejam acolhidas e tenham o atendimento adequado em um momento de tanta vulnerabilidade e dor. A mulher precisa ter respeitado o seu direito de ir e vir sem sofrer assédio ou violência. Esse compromisso precisa ser de toda sociedade!”, destacou a deputada Helena.
 
O projeto prevê que os estabelecimentos deverão manter pessoal treinado para agir em caso de denúncia de violência ou assédio à mulher, inclusive para preservação de provas, e disponibilizar recursos para que a denunciante possa acionar a polícia. Também deverão manter serviço de filmagem interna e externa e divulgar informações sobre o protocolo.
 
O texto, que segue para apreciação no Senado, também inclui multa para o estabelecimento que não implantar o protocolo.
 
Caso Daniel Alves
O “Protocolo Não é Não” é inspirado no Protocolo “No Callem” (Não nos Calaremos, 2018), de Barcelona, aplicado no episódio envolvendo o jogador de futebol Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma boate da cidade.

Foi a existência deste mecanismo que assegurou à vítima ser retirada de imediato do local e levada de ambulância para exame de corpo de delito, ser observada por câmeras e ser atendida prontamente

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