30/10/2023 às 07h42min - Atualizada em 30/10/2023 às 07h42min
Telmário é "caçado" pela Polícia de Roraima suspeito de mandar matar a mãe da filha dele.
Operação da Polícia Civil tenta prender ex-senador da República e outros alvos suspeitos de envolvimento no assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos.
- Com informações: G1RR/Rede Globo
Telmário está sendo procurado pela Polícia Civil de Roraima, acusado de ser o mandante de assassinato. O ex-senador da República, Telmário Mota, é o principal suspeito de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe de uma filha dele que, no ano passado, o acusou de estupro. Uma operação da Polícia Civil de Roraima tenta prender o ex-senador e outros envolvidos no assassinato, na manhã desta segunda-feira (30).
Informações preliminares da Polícia Civil indicam que o ex-senador está em Brasília, onde policiais tentam localizá-lo. Contra ele há um mandando de prisão em aberto. Antônia foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro, quando saía de casa para trabalhar, por volta das 6h30, no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste de Boa Vista. A operação da Polícia Civil cumpre três mandados de prisão e sete de buscas e apreensão, e tem o apoio da Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Além do senador, são alvos da operação um sobrinho do senador, identificado como Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", e um dos executores do assassinato, o Leandro Luz da Conceição - suspeito de dar o tiro que matou Antônia, conforme apuração da Rede Amazônica.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, obtida pela Rede Amazônica, a decisão de matar Antônia partiu de uma reunião na fazenda Caçada Real, onde Telmário Mota, reunido com o sobrinho Ney Mentira, o deixou responsável por tudo levaria à execução do crime.
No curso do inquérito, investigadores descobriram que a moto usada pelos assassinos no dia do crime foi comprada pelo sobrinho do ex-senador. O veículo, segundo a polícia, foi adquirida por R$ 4 mil em espécie no residencial Vila Jardim, estava em nome de outra pessoa e documentação irregular.
Após comprar a motocicleta, o sobrinho a entregou "para uma assessora do ex-senador levar até uma oficina e realizar alguns reparos/revisão. Em seguida, pediu para a assessora entregar a moto para os autores do crime em um local indicado", cita trecho do relatório que a Rede Amazônica teve acesso.
A assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. A Polícia Civil tem uma imagem dela pilotando a moto. O suspeito Leandro Luz da Conceição já é investigado pelo latrocínio da empresária Joicilene Camilo dos Reis, de 47 anos. Em dezembro de 2019, ela foi encontrada morta dentro da própria casa, com as mãos amarradas por um fio elétrico, em Rorainópolis, no Sul do estado.