31/10/2023 às 17h13min - Atualizada em 31/10/2023 às 17h13min

Telmário Mota desconfiou da presença de policial e tentou escapar, diz PM.

Militar disse que, ao invés de entrar na casa, investigado continuou o percurso, mas acabou preso após abordagem. Defesa nega intenção de fuga e afirma que ele iria se entregar à polícia..

- Fonte: G1/GO
Ex-senador Telmário Mota é preso em Goiás — Foto: Gabriela Macêdo/g1
O ex-senador Telmário Mota, suspeito de mandar matar a mãe da própria filha, tentou escapar da polícia ao chegar de carro à casa em que ele estava escondido em Nerópolis, Região Metropolitana da capital, segundo a Polícia Militar. O tenente-coronel Lívio Adriano de Oliveira contou que o ex-parlamentar desconfiou da presença dele próximo à casa e, ao invés de entrar na casa, continuou o percurso, mas acabou preso após abordagem. O ex-senador diz que é inocente.

A prisão aconteceu na segunda-feira (30). O tenente-coronel explicou que, após o caso ganhar repercussão na imprensa, a Polícia Militar recebeu denúncias de que o homem poderia estar em Nerópolis. Após comunicar a equipe de inteligência da PM e também a Polícia Civil, Oliveira foi em um carro descaracterizado até a casa onde o ex-senador estaria para verificar o local.

“Ele estava como passageiro de um carro e estava voltando para casa. Ele deve ter desconfiado que eu estava lá, fez sinal que ia entrar, mas acabou seguindo o caminho”, contou.


A defesa do ex-senador nega ele tenha tentado fugir e, na realidade, iria se entregar. “Se entregou, ele já estava indo se entregar, ele estava indo para BSB, tinha passagem de volta para lá, se entregar. No caminho, ele já estava sendo monitorado e acabou preso. Ele não tentou fugir”, disse o advogado Bruno Braga.

O tenente-coronel disse que não houve perseguição e nem fuga em alta velocidade. Durante a abordagem, o ex-senador colaborou com a polícia durante todo tempo. “Eu o segui por cerca de 1 km e em um lugar mais propício, eu fechei ele, fiz a abordagem e ele se entregou. Foi algemado e levado para a delegacia”, completou o policial militar.

Telmário Mota é suspeito de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, com quem teve uma filha. O ex-senador é investigado por estupro contra essa filha e Antônia era uma das principais testemunhas do caso. Ela foi assassinada três dias antes de depor em audiência sobre o estupro.


A prisão

Um vídeo do G1/GO mostra Telmário Mota dentro de uma viatura da Polícia Civil após a prisão (veja acima). Segundo o delegado André Fernandes, o ex-senador usou um voo comercial para chegar a Brasília e pegou um ônibus para Goiás. Ele foi preso em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia.


“Ao contrário do que a acusação está impondo, o ônus da prova é de quem acusa. Ele está convicto da inocência dele e os elemento probatórios de autoria e materialidade, quem tem que apontar, é a investigação. A defesa está bem confiante de que não há elementos indiciários contra ele”, disse o advogado.


Segundo o delegado André Fernandes, no momento da prisão, Telmário alegou ser inocente. "Ele afirmou que é inocente, que essa versão apresentada pela polícia de lá não procede e não tem provas", explicou.
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