08/11/2023 às 18h42min - Atualizada em 08/11/2023 às 18h42min

SOBRINHO DE TELMÁRIO ‘Nei Mentira’ se entrega à polícia em Boa Vista

Ele estava foragido desde 30 de outubro e se entregou na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). "Ney Mentira" é investigado por ter dado apoio ao tio Telmário Mota no planejamento e logística do assassinado de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos.

- Conteúdo: Roraima em Tempo
fOTO: rEPRODUÇÃO/tv iMPERIAL
 

Harrison Nei Correa Mota, o ‘Nei mentira’ se entregou Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) nesta quarta-feira (8) em Boa Vista. Ele é suspeito de participar do assassinato de Antônia Araújo, mãe da filha do ex-senador Telmário Mota, que também foi preso por envolvimento no crime.

Harisson chegou acompanhado do advogado. Nei Mentira estava foragido da Justiça após a Operação Caçada Real que a Polícia Civil de Roraima (PCRR) deflagrada para cumprir três mandados de prisão, bem como sete de busca e apreensão. A ação ocorreu no dia 30 outubro.

Quem é ‘Nei Mentira’

Além disso, Nei é sobrinho de Telmário. Preso desde março de 2019, por roubo de gado em Alto Alegre, Nei Mentira recebeu condenação um ano depois, tendo a sentença majorada devido ao uso de arma de fogo para praticar o crime e, por assim, restringir a liberdade das vítimas.

Desse modo, recebeu condenação total de 7 anos e seis meses de prisão inicialmente em regime fechado. Harrison saiu da penitenciária em outubro de 2021 e foi nomeado no Governo de Roraima em 3 de março. Logo, a ficha criminal de Nei mostra que ele foi preso em 2009 e 2011 pelo cometimento de outros crimes. Assim, ele passou pela Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), Cadeia Pública Masculina em Boa Vista, assim como pela Cadeia Pública de São Luiz, no Sul de Roraima.

O assassinato de Antônia Araújo

A Polícia Civil concedeu uma coletiva à imprensa para falar do resultado da Operação Caçada Real. Desse modo, o delegado João Evangelista, falou sobre detalhes das investigações. Conforme ele, houve uma série de diligências para apurar o caso.

De acordo com o delegado, foi possível observar quem planejou quem teve logística, quem atuou na parte de buscar os executores, como escolheram o dia mais difícil mais propício para a execução do crime.

“Houve um planejamento, houve uma análise de riscos. Eles verificaram as possibilidades, monitoraram, acompanharam, identificaram a rotina da vítima justamente para que a execução fosse realizada com o menor risco de eles serem pegos em flagrante naquele momento. Hoje nós temos a convicção de que os elementos de informação do inquérito apontam pelo menos um executor, que é que foi preso hoje [ontem], um sobrinho do ex-senador Telmário Mota, apontam uma ex-assessora dele e ele, como o beneficiário com a morte, o sujeito no qual, o planejamento foi orquestrado na própria fazenda dele e que provavelmente, tudo leva a crer que ele foi o mandante”, detalhou.


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