04/12/2023 às 08h14min - Atualizada em 04/12/2023 às 08h14min
Opositor de Maduro, Henrique Capriles estima abstenção no referendo sobre a disputa com a Guiana em 89,8%
De acordo com o primeiro balanço da CNE, 95,93% dos venezuelanos que participaram da consulta responderam afirmativamente à quinta pergunta, na qual foram questionados se concordavam ou não em anexar ao mapa nacional a área disputada com a Guiana e criar ali um nova região chamada Guayana Esequiba
Local de votação para o referendo sobre o Essequibo completamente vazio em Caracas. Foto: El Universal
O líder da oposição Henrique Capriles disse este domingo que a participação no referendo não vinculativo realizado na Venezuela, relacionado com a disputa territorial com a Guiana, foi de 2.110.864 eleitores, o que representa uma abstenção de 89,8% num censo com 20,69 milhões de eleitores.
Minutos depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciar que totalizaram 10.554.320 votos, sem esclarecer se corresponde ao mesmo número de eleitores ou ao número de perguntas respondidas, Capriles destacou que são cinco votos por eleitor, dado que a consulta incluiu cinco perguntas dicotômicas para cada participante.
«Segundo (o presidente da CNE), Elvis Amoroso, a participação de hoje – não se atreveu a dizê-lo – foi de 2.110.864 eleitores. “Foram 5 votos por eleitor”, escreveu o opositor no X , antigo Twitter, onde os internautas debatem o que o órgão eleitoral quis dizer no seu primeiro boletim.
Capriles, um dos antichavistas que votou no referendo, acredita que Nicolás Maduro “transformou” o dia “num fracasso retumbante”. O CNE não informou a percentagem de abstenção.
De acordo com o primeiro balanço da CNE, 95,93% dos venezuelanos que participaram da consulta responderam afirmativamente à quinta pergunta, na qual foram questionados se concordavam ou não em anexar a área disputada com a Guiana ao mapa nacional e criar uma anovo região ali chamada Guayana Esequiba.
Com este resultado, o governo de Maduro obteve o apoio popular para desenvolver, como a questão colocava, “um plano acelerado de atenção integral à população atual e futura” desta área, que inclui a concessão de cidadania às 125 mil pessoas que ali residem, maioritariamente. comunidades indígenas.