05/12/2023 às 13h51min - Atualizada em 05/12/2023 às 13h51min
Preso agente de Alexandre Pires por elo com garimpo ilegal em Roraima
Matheus Possebon e o cantor foram abordados pela Polícia Federal em Santos, ao desembarcar de cruzeiro em que se apresentou. O pagodeiro suspeito de receber mais de R$ 1 milhão da mineradora investigada, foi ouvido e liberado. A Opus Entretenimento, que faz a gestão da carreira de Alexandre Pires, manifestou solidariedade ao artista e disse confiar na idoneidade dele.
Matheus Possebon foi detido na segunda-feira (4), assim que desembarcou no cruzeiro temático de Alexandre Pires, em Santos (SP). O pagodeiro foi conduzido à sede da Polícia Federal no litoral, ouvido e liberado. Segundo o g1, alguns dos mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis de Alexandre Pires em Uberlândia (MG) e Itapema (SC).
Em nota, a a Opus Entretenimento, que tem Matheus Possebon como um dos sócios e gerencia a carreira de Alexandre Pires, informou que não tem conhecimento sobre qualquer atividade ilegal que envolva seus funcionários ou parceiros. A empresa ainda manifestou solidariedade ao artista e disse que “confia Operação da PF contra Alexandre Pires
O cantor Alexandre Pires e seu empresário, Matheus Possebon, são investigados pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento com o garimpo ilegal em terras indígenas. Endereços ligados ao artista e ao agente foram alvo de buscas nesta segunda-feira, 4, na Operação Disco de Ouro.
O cantor teria recebido, segundo a investigação, pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Já o empresário é suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami. Possebon seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes”, aponta a PF. Confira detalhes da investigação.
Operação Disco de Ouro
A operação é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando foram apreendidas 30 toneladas de cassiterita extraída da Terra Indígena Yanomami. O minério estava no deposito da sede de uma empresa investigada e era preparado para remessa ao exterior.
O inquérito policial indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da TIY, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba, no Pará, e supostamente transportado para Roraima para tratamento. As investigações apontam que a dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.
Segundo a PF, foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.