'Tragédia anunciada': mina que desabou na Venezuela e deixou brasileiros feridos já havia caído há menos de um mês

Equipes de resgate seguem no local, que seria propriedade de um brasileiro conhecido como 'Paraíba'

Colapso de mina matou ao menos 18 pessoas e feriu três brasileiros — Foto: Reprodução/Instagram/SOS Orinoco

O desabamento de mina de ouro a céu aberto na Amazônia venezuelana, que matou ao menos 10 nacionais do país e feriu outros três brasileiros, já havia passado por um desabamento há menos de um mês, em 12 de novembro.

O garimpo fica localizado em Sán José de Wadamapa, no estado de Bolívar. O colapso de parte da estrutura ocorreu nesta quarta-feira. Desde então, equipes de resgate seguem no local, em busca de desaparecidos.

Segundo a ONG SOSOrinoco, o caso era uma "tragédia anunciada", e que a mina funcionava em um esquema de mineração "criminosa e desumana". A ONG também afirma que a mina é de propriedade de um brasileiro conhecido como "Paraíba". A organização não governamental havia noticiado um total de 18 mortos no episódio, o que não foi confirmado pelas autoridades locais.

As autoridades não especificaram que tipo de minério é extraído da mina. A região, no entanto, é rica em ouro, além de ter reservas de ferro, bauxita e diamante e coltan, um tipo de material rico em nióbio e tântalo.

Os três brasileiros feridos foram identificados como Edevaldo da Silva Almeida, José Edemilson da Silva e Leonardo do Santos, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Cidadã do governo de Bolívar.

Os três recebem atendimento médico no Hospital Rosario Vera Zurita, cerca de 15 km da frronteira com o Brasil. Uma publicaçã feita no Instagram do Governo de Bolívar, estado onde o desastre aconteceu, mostra uman visita aos três brasileiros feridos.

Entre os dez mortos, ao menos cinco já foram identificados. Agentes de resgate recuperaram os corpos de Camilo Adelis Banavidez Sucre, Argenis Rojas, Patricio Mujica, Francisco Lima e de uma quinta pessoa nomeada apenas como Yonni.

Agentes da Secretaria de Segurança Cidadã e o governador Ángel Marcano estiveram na mina nesta quinta-feira para acompanhar os trabalhos de resgate — de acordo com a pasta, sob instruções do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Em post no Instagram, Marcano lamentou a tragédia e prestou condolências às famílias das vítimas.

Inicialmente, ao exibirem imagens dos esforços de resgate, as autoridades locais citavam cinco mortos. Mais tarde, revisaram o número para 10.