29/12/2023 às 11h52min - Atualizada em 29/12/2023 às 11h52min
Venezuela prepara manobras militares "defensivas" na fronteira com a Guiana
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a 28 de Dezembro, o envio de 5.600 soldados para a fronteira com o Essequibo, território reivindicado por Carácas mas oficialmente pertencente à Guiana, país apoiado pelo Reino-Unido.
A Venezuela anunciou o envio de 5.600 soldados para a fronteira com a Guiana, onde se situa o Essequibo, território guianês, reivindicado por Carácas. O Presidente venezuelano Nicolás Maduro tomou esta decisão "em resposta à ameaça" do Reino Unido, que enviou um navio de guerra para a zona.
Ordenei a activação de uma acção conjunta de todas as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Venezuelanas) nas Caraíbas Orientais, na costa atlântica, em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país, disse Nicolás Maduro.
Em comunicado, o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros considerou que a chegado do navio da Marinha britânica trata-se de um "acto de provocação hostil", "assumido como um plano para resolver a disputa territorial sobre a Guiana Essequiba".
O chefe de Estado venezuelano anunciou a ruptura dos acordos "Argyle" em que ambos os países se comprometiam, depois de um encontro a 14 de Dezembro com o homólogo guianês Irfaan Ali, a não recorrer à força para resolver o diferendo sobre o Essequibo, um território rico em petróleo.
No início do mês de Dezembro, decorreram exercícios militares das Forças Aéreas norte-americanas no espaço aéreo da Guiana, um dia depois de um referendo aprovado a 90% pelos venezuelanos (e uma taxa de abstenção desconhecida já que nenhum dado foi divulgado sobre a questão) a favor da anexão do Essequibo.