01/04/2024 às 10h50min - Atualizada em 01/04/2024 às 10h50min

Aliado de Maduro confronta Lula: “Enfie suas opiniões onde elas cabem…”

orge Rodríguez, presidente da Assembleia venezuelana, controlada integralmente pelo PSUV, acusou os líderes dos países, que, apesar de se autodenominarem aliados de Nicolás Maduro, esboçaram alguma crítica

Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia venezuelana, controlada integralmente pelo PSUV, acusou os líderes dos países, que, apesar de serem aliados de Nicolás Maduro, esboçaram alguma preocupação com o fato de nem todos os candidatos terem sido autorizados a se inscrever nas eleições.

Negando tudo o que aconteceu nos últimos dias, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia venezuelana, controlada integralmente pelo PSUV, disse que os candidatos foram autorizados a inscrever-se e continua acusando Corina Machado.

No que foi lido pelos chavistas como um golpe baixo contra o regime, os governos do Brasil e da Colômbia, pela primeira vez, fizeram críticas a Maduro, que nem sequer permitiu que a candidata escolhida por María Corina Machado para substituí-la se inscrevesse no Conselho Eleitoral Nacional. Para muitos foi uma surpresa que Lula e Gustavo Petro tenham expressado algum desacordo com as ações de Maduro.

O ditador venezuelano havia se comprometido, por meio dos Acordos de Barbados que abriria um caminho para eleições transparentes. Longe disso, porém, Maduro bloqueou todas as vias para a oposição registrar um candidato de consenso, como a professora Corina Yoris.

A aberta violação dos acordos de Barbados fez com que até Lula e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, ensaiassem uma tímida repreensão.
O presidente brasileiro disse, na quinta-feira, 28 de março, que a não participação de Corina Yoris nas eleições presidenciais venezuelanas é “grave” e Gustavo Petro reagiu à crítica de Maduro na qual acusava de covarde a esquerda que o criticara.

Outro que se referiu ao assunto foi o presidente da França, Emmanuel Macron, que, por ocasião da sua visita ao Brasil, comentou o assunto em uma coletiva da imprensa condenando com muita firmeza a exclusão da opositora de Maduro no pleito eleitoral.

Tudo isto provocou a reação do presidente da Assembleia venezuelana, Jorge Rodríguez, que alegou um suposto plano de assassinato contra Maduro:
O presidente Petro, o presidente Lula, Mujica, etc. sabem do plano insurrecional e de assassinato aqui revelado pelo principal porta-voz do fascismo em Miami? Seus países aceitariam planos de ataque ao presidente como aqueles que revelamos em inúmeras ocasiões?”

Jorge Rodríguez continuou chamando o partido de Maria Corina Machado de “organização fascista”:
“Vocês sabiam que a organização fascista Vente Venezuela nunca solicitou o registro como partido político nem houve qualquer nomeação por iniciativa própria? nunca foi inscrito esse partido na CNE nem procurou o registo por iniciativa própria. Já ouviu falar que 100% dos partidos credenciados perante a CNE inscreveram algum dos 13 candidatos, de todo o espectro político, que concorrem à presidência da Venezuela. Ignorância? Medo? Não nos envolvemos nos negócios de ninguém. Enfiem suas opiniões onde elas cabem“, disse ele.

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