09/04/2024 às 16h43min - Atualizada em 09/04/2024 às 16h43min

Forças Armadas empregam 800 militares em nova fase de combate ao garimpo na reserva Yanomami em Roraima

Fotos: Divulgação
As Forças Armadas estão mobilizando 800 militares, além de meios fluviais, terrestres e aéreos, para as ações de enfrentamento ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), nos estados do Amazonas e de Roraima. Para as ações de desintrusão, são empregadas quatro aeronaves. 

As medidas fazem parte da segunda fase da Operação Catrimani, iniciada em abril e coordenada pelo Ministério da Defesa (MD). Na TIY, vivem aproximadamente 27 mil indígenas. A região compreende uma área maior do que Portugal e abriga densas florestas, sem estradas e com poucos rios navegáveis em períodos de seca, o que dificulta o acesso.

Nesta segunda fase, as Forças Armadas atuarão na repressão ao garimpo ilegal na terra indígena, realizando operações conjuntas para inutilizar a infraestrutura de suporte à atividade ilícita e também no apoio logístico às atividades governamentais de emergência. A Portaria GM-MD Nº 1511/2024 detalha a Operação, prevista para seguir até 31 de dezembro deste ano.
 
Conforme a norma, o posto do Comando Operacional Conjunto Catrimani II localiza-se em Boa Vista (RR). As Forças Armadas atuam em articulação com as Agências e Órgãos de Segurança (AOS) e com a Casa de Governo, estrutura instalada em Roraima, em fevereiro, para fortalecer a proteção dos indígenas. A Casa de Governo é vinculada à Casa Civil da Presidência da República. 

Em março, o governo federal editou Medida Provisória (MP) com crédito extraordinário de R$ 1 bilhão para atender ao plano de trabalho na TIY. A MP determina a divisão deste montante entre oito ministérios, sendo destinado ao Ministério da Defesa R$ 309,8 milhões, referentes ao emprego das Forças Armadas e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao MD.
 
Catrimani I – Na primeira fase da Operação Catrimani, ocorrida de janeiro a março deste ano, as Forças Armadas prestaram atendimento humanitário a 236 comunidades indígenas da TIY, transportando cargas, combustível e realizando evacuações aeromédicas, além do apoio a operações da Polícia Federal e Polícia Civil do Estado de Roraima.
 
O esforço logístico teve a participação de 374 militares, que realizaram a entrega de 15 mil cestas de alimentos (330 toneladas), utilizando 2,4 mil horas de voo para percorrer 680 mil quilômetros, distância equivalente a 17 voltas em torno da terra.

A partir de abril, a entrega de cestas de alimentos aos yanomamis passou a ser feita pelo governo federal, por meio da contratação de transporte civil, ficando a cargo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). As Forças Armadas, por sua vez, concentram esforços no enfrentamento ao garimpo, além de outras ações logísticas de apoio à operação que se façam necessárias.

Força-Tarefa - Desde janeiro de 2023, o MD integra a força-tarefa do governo federal para a proteção aos indígenas na TIY. Em cooperação interministerial, ao longo do ano passado, as Forças Armadas transportaram mais 760 toneladas de suprimentos e três mil pacientes, por meio aéreo, para tratamento de saúde especializado; efetuaram a detenção de 165 garimpeiros e a entrega de 36 mil cestas de alimentos.
 
Nessas ações, foram empregados 1,5 mil militares e 18 tipos de aeronaves da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que computaram mais de 7,4 mil horas de voo, o que representa mais de 1,6 milhão de quilômetros percorridos e mais de 40 voltas na terra.
 
Fonte: Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom)
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