Nesta terça-feira, 2 de maio, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes Norte) divulgou a Carta de Roraima, assinada pelas Universidades Federais da região Norte do país. O documento aborda desafios, fragilidades e perspectivas para o futuro do ensino superior na Amazônia e apresenta propostas para aprimorar a educação na região.
O texto foi elaborado após um encontro realizado nos dias 26 e 27 de abril em Boa Vista, no Campus Paricarana da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Reitores das universidades federais da Amazônia se reuniram para debater problemas comuns enfrentados pelas instituições e propor soluções. O tema central das discussões foi “Desafios, fragilidades e perspectivas para a Amazônia: o papel e as contribuições das universidades federais”.
Francisco Ribeiro da Costa, presidente da ANDIFESNORTE e reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, destacou a importância do encontro, que serviu como uma oportunidade para debater e propor soluções para os problemas enfrentados pelas universidades da região. A Carta de Roraima norteará as demandas das instituições da região amazônica junto ao governo federal.
A programação do evento contou com palestras e discussões com representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Ministério da Saúde, abordando temas como saúde, pós-graduação, desenvolvimento e orçamento das universidades na Amazônia. José Geraldo Ticianeli, reitor da UFRR, ressaltou os principais pontos da Carta de Roraima, como a necessidade de um olhar diferenciado para a matriz de distribuição orçamentária e a revisão dos critérios de permanência dos estudantes no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).
Os documentos serão enviados aos ministérios correspondentes para tentar promover alterações na legislação. A região Norte possui 11 universidades federais e tem o menor número de matrículas do país. O evento buscou contribuir para o desenvolvimento da região amazônica e fortalecer a atuação das universidades federais na região.
Entre as propostas apresentadas na Carta de Roraima estão a recomposição do orçamento das universidades da Amazônia, a garantia de criação de Funções Comissionadas e Cargos de Direção, a ampliação dos recursos de pesquisa e extensão, a recuperação de investimentos do PNAES e o redimensionamento do número de bolsas de pós-graduação. A expectativa é que as instâncias decisórias cooperem e invistam no desenvolvimento social, científico e tecnológico da Amazônia brasileira.
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