A Venezuela acaba de se tornar a maior potência em reservas de petróleo e gás do mundo, desbancando gigantes como Arábia Saudita, Canadá e Iraque. O país sul-americano possui 300,9 bilhões de barris de reservas comprovadas de petróleo bruto, superando a Arábia Saudita, que tem 298 bilhões de barris.
A maior parte dessas reservas está na Faixa Petrolífera do Orinoco Hugo Chávez, no sudeste da Venezuela, com 279,1 bilhões de barris. Adicionalmente, 20,330 bilhões de barris estão localizados entre os estados de Zúlia e Falcon, no noroeste, enquanto Barinas e Apure, no sudoeste, possuem 1,088 bilhões de barris. Carúpano, no nordeste, conta com 343 milhões de barris.
Com essa descoberta, a Venezuela ultrapassa não apenas a Arábia Saudita, mas também o Canadá, que possui 170 bilhões de barris, o Irã, com 156 bilhões, e o Iraque, com 145 bilhões. O país prevê aumentar sua produção para mais de um milhão de barris diários em 2024, representando um crescimento de 27,7% em comparação à média de 783 mil barris por dia no último ano.
No entanto, as tensões políticas com os Estados Unidos continuam a crescer. Washington anunciou a reativação das sanções contra o setor petrolífero venezuelano devido ao incumprimento de compromissos eleitorais por parte de Caracas. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a ausência de progresso em permitir que todos os candidatos concorram nas eleições presidenciais de 2024 levou à não renovação da licença para compra de commodities venezuelanas.
Em resposta, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, ameaçou rever os mecanismos de cooperação bilateral e cancelar voos de repatriação de venezuelanos se os EUA intensificarem a agressão econômica.
Enquanto isso, o presidente Nicolás Maduro anunciou a assinatura de contratos com 20 investidores para a exploração das gigantescas reservas do país. A descoberta coloca a Venezuela no centro do mapa energético mundial, destacando a América do Sul como um novo polo de poder no mercado global de petróleo e gás.