Foto: Divulgação: SupCom
O deputado Coronel Chagas (PRTB) usou a Tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima, na manhã desta terça-feira (16), para celebrar anúncio feito pelo Governo da República Cooperativista da Guiana de investir R$ 5 bilhões na pavimentação de estrada que vai conectar as cidades de Lethem a Linden, chegando à capital Georgetown.
Segundo o parlamentar, o governo guianense anunciou o investimento para a pavimentação de 500 quilômetros de estrada ligando duas das principais cidades do país, Lethem a Linden, chegando à capital Georgetown, a cerca de 600 quilômetros da fronteira com o Bonfim, município roraimense.
A obra, segundo Chagas, tem potencial para mudar a realidade econômica e social não apenas da cidade fronteiriça, mas de todo o Estado de Roraima e até do país. Ele acrescentou que o investimento permitirá reduzir o tempo de transporte logístico até o Atlântico Norte de 21 dias para apenas 48 horas, encurtando custos e abrindo novas oportunidades para o agronegócio.
“É um anúncio importantíssimo, evidentemente não só para a Guiana, mas para o Brasil e, especialmente, para Roraima e para o município de Bonfim. É a superestrada da Guiana que pode transformar o município em porta de entrada para o desenvolvimento da Amazônia. Hoje, produtos como soja e milho, produzidos principalmente no Centro-Oeste, levam pelo menos três semanas para chegar aos grandes mercados consumidores. Com esse asfalto anunciado pela Guiana, interligando o Brasil através de Bonfim com o porto de águas profundas de Georgetown, esse tempo cai para 48 horas. É uma diminuição considerável”, explicou.
Para o município de Bonfim, com pouco mais de 13 mil habitantes, a obra representa oportunidades diretas de geração de empregos e crescimento econômico. O deputado ressaltou ainda que a produção agrícola roraimense, como melão e melancia, também ganhará acesso facilitado a novos mercados.
“Nós teremos impactos imediatos para a população, como mais empregos durante e após a construção da rodovia, melhor escoamento da produção agrícola, serviços mais baratos e diversificados pela redução dos custos de transporte, além de uma maior integração cultural e turística”, acrescentou.
A expectativa é que Roraima se torne um corredor logístico da Amazônia, conectando o agronegócio, a mineração legalizada e o comércio local a novos destinos. O porto de águas profundas em Palmyra, na Guiana, poderá reduzir a dependência do eixo Sul-Sudeste do Brasil.
Ainda na tribuna, o deputado afirmou que os benefícios vão além das fronteiras estaduais e podem reforçar a soberania da Amazônia, ao diversificar canais logísticos e fortalecer a presença do estado em áreas de fronteira. No entanto, também alertou para os desafios.
“Apesar do otimismo, especialistas apontam a necessidade de um licenciamento ambiental correto para evitar danos irreversíveis à floresta, além da infraestrutura de apoio em Bonfim e nas rodovias federais, como a BR-401, que precisam estar em boas condições para suportar o aumento do fluxo. Também é fundamental adotar políticas de inclusão social, garantindo que as comunidades locais sejam beneficiadas e não apenas as grandes empresas”, ponderou.
O parlamentar ressaltou que a expectativa em Bonfim é grande, principalmente entre agricultores, que sonham em ver sua produção alcançar mercados maiores.
“No Bonfim, nós temos o melhor melão do Brasil, as melhores melancias e a maior produção de grãos do estado. Se bem aproveitada, essa estrada pode transformar Bonfim em um verdadeiro portal de desenvolvimento”, disse.
Ao encerrar o pronunciamento, Coronel Chagas reforçou que a obra é mais do que uma simples estrada, sendo uma promessa de futuro para Roraima, o Brasil e a própria Amazônia.
“Finalmente, essa superestrada da Guiana é mais do que uma obra de infraestrutura. Para Bonfim e para Roraima, é a promessa de futuro para todos, a chance de integração para o Brasil, um novo caminho rumo ao desenvolvimento sustentável da Amazônia”, concluiu.
VEJA O PRONUNCIAMENTO NA ÍNTEGRA
"A construção da superestrada de 500 km na Guiana, que ligará Georgetown até Lethem e chegará à fronteira com o Brasil pelo município de Bonfim, promete mudar a realidade econômica e social não apenas da cidade fronteiriça, mas de todo o estado de Roraima e até do Brasil. O investimento de cerca de R$ 5 bilhões encurtará de 21 dias para apenas 48 horas o trajeto logístico até o Atlântico Norte, abrindo novos mercados e oportunidades.
Bonfim no centro das atenções
Para Bonfim, município com pouco mais de 12 mil habitantes, a obra representa a chance de sair do isolamento econômico. A cidade, que hoje enfrenta dificuldades com geração de empregos e infraestrutura limitada, poderá se tornar um polo estratégico de comércio, transporte e serviços.
Nossa juventude terá mais oportunidades. Empresas que antes não olhavam para Bonfim agora podem se instalar aqui, gerando trabalho e renda!
Impactos imediatos para a população
• Mais empregos diretos e indiretos durante e após a construção da rodovia;
• Melhor escoamento da produção agrícola, com acesso facilitado a mercados nacionais e internacionais;
• Serviços mais baratos e diversificados, já que a redução nos custos de transporte deve refletir nos preços ao consumidor;
• Maior integração cultural e turística, com Bonfim se consolidando como ponto de passagem entre Brasil e Guiana.
Reflexos em Roraima
No âmbito estadual, a obra poderá transformar Roraima em um corredor logístico da Amazônia, conectando o agronegócio, a mineração legalizada e o comércio local a novos destinos. O porto de águas profundas em Palmyra, na Guiana, encurtará a distância até rotas internacionais de exportação, tornando Roraima menos dependente do eixo Sul-Sudeste.
É a chance de Roraima deixar de ser visto como periferia da Amazônia e se tornar protagonista em integração continental.
Benefícios para o Brasil
O impacto vai além das fronteiras do estado. Para o Brasil, a nova rota significa diversificação de canais logísticos, redução de custos para exportações e reforço na soberania da região amazônica. A estrada também possibilita maior presença do Estado em áreas de fronteira, fortalecendo segurança e fiscalização.
Desafios pela frente
Apesar do otimismo, especialistas alertam para a necessidade de garantir:
• Licenciamento ambiental rigoroso, evitando danos irreversíveis à floresta;
• Infraestrutura de apoio em Bonfim e nas rodovias federais (como a BR-401), que precisam estar em boas condições para suportar o aumento do fluxo;
• Políticas de inclusão social, garantindo que as comunidades locais sejam beneficiadas, e não apenas grandes empresas.
Esperança de um novo tempo
Em Bonfim, o sentimento predominante é de expectativa. Agricultores sonham em ver sua produção chegar a mercados maiores, comerciantes acreditam em maior movimentação de clientes e famílias apostam em novas oportunidades para seus filhos.
Se essa estrada for bem aproveitada, Bonfim pode deixar de ser apenas um ponto de fronteira e se tornar um verdadeiro portal de desenvolvimento.
A superestrada da Guiana é mais do que uma obra de infraestrutura. Para Bonfim, é a promessa de futuro. Para Roraima, a chance de integração. Para o Brasil, um novo caminho rumo ao desenvolvimento sustentável da Amazônia"