28/07/2024 às 10h56min - Atualizada em 28/07/2024 às 10h56min
Só mil dos 500 mil venezuelanos no Brasil poderão votar neste domingo, estima entidade
Porta-voz de rede de imigrantes denuncia supressão dos direitos políticos de cidadãos que vivem no exterior e afirma que comunidade brasileira está entre os casos mais dramáticos
Foto: Joka Madruga / Terra Livre Press / ComunicaSul
Entre os mais de 500 mil venezuelanos que vivem no Brasil, apenas mil estão aptos a votar na eleição presidencial de seu país neste domingo (28) na única seção eleitoral habilitada por Caracas, a embaixada da Venezuela em Brasília. O número é da Rede de Venezuelanos no Brasil (Redeven), que tem denunciado a supressão de direitos políticos de cidadãos que deixaram a nação caribenha diante da crise política e socioeconômica do regime de Nicolás Maduro.
Em escala mundial, apenas 69 mil dos 8 milhões que hoje vivem no exterior estarão aptos a votar no próximo domingo - número consideravelmente menor do que no último pleito, quando 110 mil estavam habilitados.
Em resposta, venezuelanos irão às ruas de 41 cidades brasileiras neste domingo para denunciar a violação de direitos políticos e demonstrar apoio ao candidato de oposição Edmundo González, que concorre contra Maduro, no poder há 11 anos. A iniciativa faz parte de uma mobilização internacional em todos os continentes, liderada pelo Brasil no número de localidades envolvidas.
O objetivo é mobilizar a sociedade e a classe política brasileira, em especial diante do crescente receio de que Maduro não reconheça uma eventual derrota ou promova fraudes eleitorais em larga escala, em locais de grande circulação de pessoas aos domingos. No Rio de Janeiro, por exemplo, o ato será na Praia de Copacabana, enquanto em Brasília a concentração será na Torre de TV.
Segundo William Clavijo, porta-voz da Rede de Venezuelanos no Brasil (Redeven), houve uma tentativa deliberada do chavismo de dificultar a atualização dos cadastros eleitorais daqueles que deixaram a Venezuela nos últimos anos diante da aguda crise política e socioeconômica vivida pela nação caribenha.
“O Brasil é um dos países onde os direitos políticos venezuelanos foram mais violados. Não conhecemos nenhum caso de um venezuelano que tivesse conseguido atualizar seus dados para votar na embaixada da Venezuela em Brasília, o único centro de votação habilitado no país”, declarou Clavijo em entrevista à equipe do blog. “Infelizmente não conseguiremos votar, mas poderemos expressar nosso descontentamento pela negação dos direitos políticos de milhões de venezuelanos que vivem no exterior”.
Segundo William Clavijo, porta-voz da Rede de Venezuelanos no Brasil (Redeven), houve uma tentativa deliberada do chavismo de dificultar a atualização dos cadastros eleitorais daqueles que deixaram a Venezuela nos últimos anos diante da aguda crise política e socioeconômica vivida pela nação caribenha.
“O Brasil é um dos países onde os direitos políticos venezuelanos foram mais violados. Não conhecemos nenhum caso de um venezuelano que tivesse conseguido atualizar seus dados para votar na embaixada da Venezuela em Brasília, o único centro de votação habilitado no país”, declarou Clavijo em entrevista à equipe do blog.
“Infelizmente não conseguiremos votar, mas poderemos expressar nosso descontentamento pela negação dos direitos políticos de milhões de venezuelanos que vivem no exterior”.