Operação Libertação destruiu ferramentas utilizadas por garimpeiros na TI Yanomami Reprodução / Polícia Federal
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, revelou em uma audiência pública no Senado Federal, nesta quarta-feira, que uma operação da Polícia Federal e do Ibama bloqueou R$ 138 milhões de grupos criminosos envolvidos com garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Ela, no entanto, reconheceu a dificuldade no combate aos crimes ambientais na Amazônia.
A ministra, durante sua fala na Comissão de Direitos Humanos, ainda citou outros resultados da Operação Libertação, realizada no dia 5 de maio, entre os quais estão:
43 prisões já realizadas; 40 mandatos de busca e apreensão; 112 veículos destruídos: 70 balsas, 18 aviões e 12 helicópteros, 12 embarcações; 169 motores e 33 geradores de energia; 13.735 quilos de cassiterita; 327 acampamentos desmobilizados e dois portos de apoio logístico desmobilizados.
De acordo com Sonia Guajajara, no entanto, o combate aos crimes ambientais precisa do compromisso dos Três Poderes e organizações para garantir que os direitos do povo yanomami sejam respeitados.
Precisaremos do envolvimento e compromisso conjunto dos entes federativos: União, estados e municípios, numa perspectiva de corresponsabilidade. Precisamos assumir nossos respectivos papéis nessa grande tarefa de zelar pelos povos indígenas. Para além de procurarmos culpados, precisamos sentar, dialogar, ceder, pactuar e, acima de tudo, assumirmos o compromisso sincero pela proteção da vida.
Segundo levantamentos do mês de abril deste ano da Polícia Federal, houve uma redução de 96,6% nos alertas de imagens de satélite que acompanham as atividades de garimpo ilegal na TI Yanomami, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em abril de 2022, os registros chegaram a 444 alertas e, neste ano, apenas 18.
A PF ainda afirmou que realiza 70 procedimentos investigativos para investigar “o envolvimento de centenas de suspeitos com a cadeia produtiva criminosa que opera na região, inclusive de membros de facções e de grandes grupos econômicos”.
Na audiência pública, a ministra Sonia Guajajara disse que as operações são medidas de médio prazo. A longo prazo, ela afirmou que está sendo planejada a fixação de bases permanentes de fiscalização, para evitar o retorno do garimpo ilegal a essas áreas.
— A gente conseguiu instituir um comando único das operações que inclui o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça com a presença da Secretaria Nacional da Segurança Pública. Nós temos esse grupo de comando único que está lá em Boa Vista para dar seguimento a essas ações — esclareceu a ministra.
Ela afirmou também que as operações estão sendo estendidas para outros territórios como o Uru-Eu-Wau-Wau e Karipuna, em Rondônia, além do planejamento com ações para retirada de invasores nas TIs Kaiapó, Mundurucu e Arariboia.
A PF ainda afirmou que realiza 70 procedimentos investigativos para investigar “o envolvimento de centenas de suspeitos com a cadeia produtiva criminosa que opera na região, inclusive de membros de facções e de grandes grupos econômicos”.
Na audiência pública, a ministra Sonia Guajajara disse que as operações são medidas de médio prazo. A longo prazo, ela afirmou que está sendo planejada a fixação de bases permanentes de fiscalização, para evitar o retorno do garimpo ilegal a essas áreas.
— A gente conseguiu instituir um comando único das operações que inclui o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça com a presença da Secretaria Nacional da Segurança Pública. Nós temos esse grupo de comando único que está lá em Boa Vista para dar seguimento a essas ações — esclareceu a ministra.
Ela afirmou também que as operações estão sendo estendidas para outros territórios como o Uru-Eu-Wau-Wau e Karipuna, em Rondônia, além do planejamento com ações para retirada de invasores nas TIs Kaiapó, Mundurucu e Arariboia.