O ciclo de reuniões comunitárias para o processo de revisão do Plano Diretor de Boa Vista encerrou com dois encontros na zona rural da Capital, neste sábado, dia 14 de maio. Pela parte da manhã, os produtores do Projeto de Assentamento (P.A) Nova Amazônia 1, na região do Truaru. Pela tarde, foi a vez dos moradores do P.A Nova Amazônia, região Murupu.
Com o término das reuniões comunitárias, será concluída a fase de diagnósticos. Nesta etapa foram ouvidos os moradores da área urbana, das comunidades indígenas e da zona rural. O arquiteto e urbanista do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Henrique Barandiê, explicou que a escuta dos moradores das áreas não urbanas é fundamental para um Plano Diretor justo, que inclua a cidade como um todo no planejamento dos próximos 10 anos.
Morador da Vicinal 9, na região do Truaru, o presidente do conselho fiscal da Cooperativa da Agricultura Familiar do P.A Nova Amazônia 1 (Coopnova), Antônio Macedo, avaliou o encontro como positivo.
“Essa reunião comunitária para a revisão do Plano Diretor foi muito boa. Todos tiveram a oportunidade de falar das coisas boas da nossa região e também tivemos a liberdade de expor nossas necessidades, nossos problemas e propor algumas soluções. Precisamos da pavimentação da nossa estrada para facilitar o escoamento da produção e o prefeito nos informou que em breve terá novidades”, declarou.
Membro da Cooperativa das Mulheres Produtoras do P.A Nova Amazônia, a agricultora Talita Brandão destacou que a presença da Prefeitura tem garantido a subsistência e levado desenvolvimento para a região. “Se a Prefeitura não estiver com os pequenos agricultores, não tem um grande desenvolvimento porque nós somos carentes financeiramente e querendo ou não tem que ter investimento do poder público pra podermos desenvolver e evoluir os plantios”, pontuou.
Quanto às melhorias que podem ser implementadas, Talita sugeriu a construção de uma escola estadual que atenda as crianças quando elas concluem o ensino na rede municipal. “Temos uma escola da Prefeitura que atende os nossos filhos até certa idade, que é de responsabilidade do município. Quando eles vão para o 6º ano precisam ir para a cidade ou para a escola mais próxima, que mesmo assim é longe da gente é questão de locomoção, transporte escolar é complicada”, disse.