16/09/2024 às 16h36min - Atualizada em 16/09/2024 às 16h36min

CONFIDENCIAL | O lixo eleitoral pago com o dinheiro do povo de Roraima. por Expedito Perônnico

Gilberto Musto e Markinhos Show: os marqueteiros do Denarium que coordenam a "campanha" de Catarina.
Todo esse lixo que é mostrado nas inserções do horário eleitoral de Rádio e TV da candidata Catarina Guerra (União Brasil) para agredir e difamar o prefeito Arthur Henrique (MDB) é pago com dinheiro do povo aos marqueteiros trazidos por Antonio Denarium (PP) para cuidarem da campanha DELLA, através do Fundo Especial Eleitoral.
 
Uma parte dos R$ 2.907.600,00 (2 milhões, 907 mil e 600 reais) arrecados pela campanha de Catarina, doados pelo União Brasil (R$ 2.640.600,00) e pelo Republicanos (R$ 267.000,00) está financiando duas empresas que pertencem a Gilberto Musto e Marcos Eraldo Arnoud Marques, que ficou conhecido aqui em Roraima pela alcunha de Markinhos Maniçoba quando foi secretário de comunicação no primeiro mandato de Denarium.
 
MUSTO CONSULTORIA E MARKETING LTDA – cujo CNPJ é 27.470.128/0001-75 – pertence a Gilberto Musto, marketeiro de Denarium desde a primeira campanha em 2018: nesta campanha já faturou R$ 500 mil. Enquanto seu escudeiro, o tal Markinhos Marques e sua empresa M E A M CONSULTORIA MARETNG E COMERCIO LTDA – CNPJ 47.071.025/0001-40 – já abiscoitou R$ 125.000,00. Essas empresas não tem sede nem representação em Boa Vista. MUSTO CONSULTORIA E MARKETING LTDA tem sede em São José do Rio Preto (Interior de São Paulo) e a MEAM – que são a iniciais do tal Markinhos Marque, está estabelecida em Belém (Pará).



Primeiro é preciso entender a composição do horário eleitoral, que é dividido em duas partes: um tempo corrido, no programa do candidato de quase 4 minutos (no caso de Catarina) e um outro tanto constituído de dezenas de inserções – filmes de poucos segundos – para fixar a imagem e alguma proposta destacável do candidato, em horários corridos na programação das emissoras de Rádio e TV.
 
Como não tem muito o que mostrar no programa corrido na TV, Catarina e Antonio Denarium aparecem a todo instante correndo para lá e para cá, fazendo bandeiradas e muito barulho como se isso fosse convencer alguém. O objetivo dos marketeiros é dar volume a uma campanha desprovida de nexo e conteúdo, sempre amparados pela presença forçada de servidores comissionados do Estado.
 
A propaganda abominável – que, convenhamos, contrasta com a própria personalidade de Catarina Guerra, filha de um dos políticos mais proeminentes que Roraima já teve, constituinte estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Chico Guerra – não agrada nem seus aliados. A imundice vastamente difundida o dia todo nas TVs não agrega valor algum como ferramenta de conquista de voto para Catarina.
 
Ao contrário, revolta o morador de Boa Vista que, de ciência própria, sabe que se trata de futilidade, de aviltamento ao prefeito da capital, um dos gestores mais bem avaliados de todo o Brasil pela excelente gestão que à frente da Prefeitura.
 
Se essa mídia “tabajara” tem a intenção de conquistar votos, que “Maniçoba” e “Garça” fiquem sabendo que estão perdendo o tempo e incomodando o povo daqui. Mas eu tenho certeza que não estão preocupados com isso não... Pois o dinheiro fácil que sempre ganharam por aqui, já está na conta.

Se a ideia é transformar Catarina em uma candidata capaz de ganhar uma eleição quando nem ela própria se acha candidata de si mesma, o efeito está sendo exatamente o inverso. A cada veiculação desse teatro de horrores, o eleitor boa-vistense se agarra ainda mais na certeza de que o melhor é manter o prefeito Arthur onde ele estar.

É interessante, relevante e necessário levantar essa questão: o dinheiro público e do povo de Roraima está financiando uma campanha tecnicamente difamatória e sem nenhuma relevância para o povo de Boa Vista. E pagando “profissionais de comunicação”, encarregados, à custa de dinheiro público, da condução da política mambembe de comunicação de uma campanha eleitoral, sabidamente, destruída desde o início
 
 
HISTÓRICO
 
Para florear esse texto sobre a reputação do marqueteiro Marcos Eraldo Arnoud Marques, que se diz hipnólogo, palestrante motivacional especialista em tática de guerrilha (????) e que se apresenta como “Markinhos Show”, ele foi secretário de Comunicação por alguns meses no primeiro Governo de Denarium. Foi embora sem mostrar a que veio. Deixou como “legado” a criação de um slogan tão pobre e sofrível como sua própria capacidade de gestão em comunicação: “Cada Dia Melhor”. Inópio!.
 
“Markinhos Show” foi embora de Roraima sem deixar saudades. De repente, aparece em Brasília, com sua indefectível, e logo é apresentado como o homem forte da comunicação do Ministério da Saúde na desastrosa gestão do então general Eduardo Pazuello, atual deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Os dois [Markinhos e Pazuello] se conheceram aqui quando Pazuello, até então um milico de segunda classe, chefe da Operação Acolhida aos venezuelanos, foi nomeado Secretário da Fazenda no período em que Roraima esteve sob intervenção federal, que apeou Suely Campos do Palácio Senador Hélio Campos, dando lugar a Antonio Denarium que acabara de se eleger governador.
 
Logo o paraense “Marqkinhos Show’, se tornou o principal estrategista de Eduardo Pazuello e assumiu o manche da tortuosa comunicação da pasta durante a pandemia da Covid-19. A ideia, ambiciosa, era transformar Pazuello em uma espécie de herói nacional da pandemia. O efeito foi inverso. Se antes o ministro já não tinha muita chance, depois da chegada do marqueteiro as coisas só pioraram. A dupla “Markinhos/Pazuello” foi um desastre nacional.

Pelas mãos de Pazuello, “Markinhos Show” ascendeu repentinamente na carreira, e logo na gestão da maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos cem anos. Até então, ele fazia campanhas eleitorais de políticos de cidades do interior e seu cargo público mais alto havia sido o de secretário de comunicação de Roraima.
 
VEJAM QUEM É MARKINHOS SHOW NA VISÃO DE RICARDO KOTSCHO, UM DOS MAIS BRILHANTE JORNALISTAS DO NOSSO TEMPO em Balaio do Kotscho publicado no Uol em 23 de janeiro de 2021.
 
Conheça "Markinhos Show", o personal marqueteiro do general Pazuello (escreveu Kotscho):
 
"De terno e carregando uma grande mochila nas costas, ele já circulava há tempos pelos bastidores do Ministério da Saúde, mas esta semana foi nomeado como assessor especial de Eduardo Pazuello, o ministro general da Saúde, com salário de R$ 13.623, fora as benfeitorias.

O personal marqueteiro Marcos Eraldo Arnoud, mais conhecido pelo nome artístico de "Markinhos Show", estreou oficialmente nesta função na noite desta sexta-feira, ao organizar o espetáculo armado na base aérea do Galeão para recepcionar vacinas da AstraZeneca/Oxford vindas da Índia para a Fiocruz.

Com canhões de luz apontados para a pista e caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros jogando jatos d´água sobre o avião, a apoteose ficou para o discurso do general, ao lado do chanceler Ernesto Araújo e do embaixador da Índia no Brasil, diante de um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas, enquanto as vacinas eram descarregadas. Só faltou uma banda militar para abrilhantar o evento

O lote de 2 milhões de doses mal daria para vacinar uma cidade como Campinas, mas o show montado por Markinhos lembrou a chegada triunfal da seleção brasileira depois de ganhar uma Copa do Mundo.

Afinal, eram as primeiras vacinas que o Ministério da Saúde conseguiu trazer, uma semana depois de começar a vacinação no Brasil, com os 6 milhões de doses da Coronavac, a vacina do Instituto Butantan, de São Paulo, desenvolvida em parceria com a Sinovac, da China.

Ao ver pela TV o governador João Doria posando para fotos ao lado da primeira pessoa vacinada no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans, logo após a aprovação pela Anvisa no domingo passado, Pazuello e seu personal marqueteiro correram para também entrar no ar ao vivo e denunciar a jogada de marketing.

Perto do show montado no Galeão, no entanto, a celebração de Doria, que sempre foi o grande marqueteiro dele mesmo, até pareceu discreta.
Pazuello e "Markinhos Show" se conheceram no governo de Roraima, onde o general foi secretário da Fazenda, quando o marqueteiro era o secretário de Comunicação.

Apanhando da imprensa como cachorro magro, dia sim e no outro também, o general importou o personal marqueteiro para virar o jogo e não saiu mais da televisão, falando todos os dias para explicar o que estava fazendo no Ministério da Saúde para combater a pandemia, que segundo o presidente Bolsonaro "já estava no finalzinho".

No currículo de "Markinhos Show", publicado em seu site "Venda para o Cérebro", ele se define como palestrante motivacional, master coach, analista em neuromarketing, especialista em marketing, SEO, hipnólogo, mentalista, practicioner em PNL (?), músico, empreendedor e especialista em marketing político".

Ufa! Não é pouca coisa. Foi dele a ideia de adesivar um avião para buscar vacinas na Índia com o slogan "Brasil imunizado - Uma só nação", que não saiu do Recife, e do evento marcado para o Palácio do Planalto, no dia 19, para abrir o Programa Nacional de Vacinação", que acabou cancelado.

Laçado às pressas para prestigiar o evento, um anônimo motorista fantasiado de "Zé Gotinha" ficou perdido no meio de tantas autoridades civis e militares, sem conseguir enxergar aonde estava pisando.

Escoltadas por um cortejo de carros da Polícia Federal, as vacinas seguiram viagem em três caminhões frigoríficos rumo à Fiocruz, em Manguinhos, onde seriam embaladas e etiquetadas".


 

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